O Programa de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de Cachoeiro de Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, emitiu um alerta após consumidores denunciarem descontos indevidos em contas bancárias, o que prejudica o benefício de aposentadorias. A cobrança é feita por instituições financeiras, seguradoras e associações de empréstimos, que descontam por serviços não contratados. Segundo o órgão, mais de 300 casos foram identificados só este ano – todos de cobranças ilegais.
Conforme explicou o Procon, os débitos geralmente são feitos em contas de pagamento de benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), sem o conhecimento do titular. O órgão enfatizou que, muitos não sabem, mas esse tipo de conduta é ilegal e os prejudicados pela prática têm direito a receber os valores em dobro. O consumidor, inclusive, pode entrar na Justiça com ação indenizatória por danos morais.
A aposentada Maria Lúcia Alves, moradora de Cachoeiro de Itapemirim, fez um empréstimo e, mensalmente, tem um valor descontado da conta. Ela começou a desconfiar, no entanto, de que algo estava errado. “Eu não estou entendendo tanto desconto. Três descontos eu tenho certeza que são dos empréstimos que fiz. Agora, esses outros que estão vindo na minha conta, eu desconheço. Estou pagando sem saber”, relatou a aposentada, em entrevista ao repórter Matheus Passos, da TV Gazeta Sul.
O órgão orienta que, nesses casos, a vítima entre em contato com o banco para o cancelamento do serviço e as cobranças indevidas, incluindo o pedido de restituição dos valores. Caso a instituição se negue a fazê-lo, o consumidor pode recorrer ao Procon.
“O procedimento é que eles [os prejudicados] peguem junto ao INSS um extrato, e esse extrato precisa vir mostrando como a empresa está fazendo esse desconto indevido. Traga até o Procon, e no Procon os colaboradores vão entrar em contato com eles, de forma que a devolução desse dinheiro é quase que imediata”, afirma o coordenador do órgão no município, Luiz Guimarães Oliveira.
Além de débitos de serviços não contratados, como empréstimos consignados, é ilegal que instituições facilitem ou entreguem dados pessoais dos seus clientes, pois as informações são protegidas pela Lei Geral de Proteção de Dados (13.079/2018). “Aposentados e pensionistas vítimas desses golpes pela facilitação do acesso devem agir: é importante procurar a polícia para lavrar boletim de ocorrência e ao Procon para a abertura de processo administrativo”, aponta o coordenador.
Com informações do repórter Matheus Passos, da TV Gazeta Sul
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