Publicado em 31 de julho de 2024 às 11:29
Miguel Hidalgo era um bebê recém-nascido quando Sandra Soldan conquistou que seria, por 24 anos, o melhor resultado do triatlo brasileiro em Jogos Olímpicos. >
Nesta quarta-feira (31), o paulista de Saltos fez uma prova de recuperação impressionante na corrida, seu ponto forte, para conquistar em Paris o primeiro top 10 da história do país na competição. Entre os homens, o recorde até então era um 14º lugar, de Leandro Macedo, também em Sydney 2000.>
Miguel cruzou a linha de chegada na Ponte Alexander III na 10ª colocação, com o tempo total de 1h44s27, pouco mais de um minuto atrás do campeão, britânico Alex Yee. Apesar do tamanho do feito estava claramente frustrado por ficar fora do pódio.>
“Sei que nunca peguei um pódio em Mundial, mas fiz uma preparação para tentar ganhar a prova. Eu poderia ter feito uma prova mais conservadora e talvez ficar numa colocação melhor, mas fiz tudo o que eu pude para tentar pegar medalha. (...) Estou orgulhoso da minha performance, mas insatisfeito com o resultado. Sei que tenho muito para amadurecer como atleta. Para 2028 tenho certeza que vou fechar esse gap.”>
>
Se a preocupação pública era com a qualidade da água do Rio Sena, os brasileiros não sofreram neste sentido. Até se queixaram da falta de possibilidade de fazer treino de reconhecimento do local de forma adequada, mas a crítica geral foi sobre a pancadaria entre os adversários debaixo da Ponte Alexander III.>
Manoel Messias, outro brasileiro a disputar a prova e 45º no geral, sofreu mais e terminou a primeira etapa apenas na 51ª colocação, enquanto Miguel foi o 23º. No ciclismo Miguel caiu para 27º, enquanto Messias subiu para 47º. Os dois melhoraram na corrida, e Miguel chegou a sonhar com a medalha na terceira e penúltima volta, quando ocupou a quinta posição, a apenas três segundos do líder do pelotão.>
“Debaixo da ponte eu apanhei muito, mas mantive a cabeça boa. Gastei um pouco mais de energia do que precisava na bike. Na corrida fiz meu melhor, passei em 5º na terceira volta, mas acabou minha energia e acabei lutando só pelo top10. Mentalmente eu estava buscando a medalha o tempo inteiro. Poderia ter começado a correr mais fraco, em muitos momentos eu puxei muito para fechar os grupos. Mas eu queria terminar a prova com a certeza de que eu dei tudo o que eu tinha”, avaliou Miguel.>
O britânico Alex Yee sagrou-se campeão olímpico do masculino, seguido de Hayden Wilde, da Nova Zelândia, e Leo Bergere, da França. Os donos da casa ficaram no topo do pódio no feminino com Cassandre Beaugrand, seguida pela suíça Julie Derron e a britânica Betty Potter.>
Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rápido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem.
Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta