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Bia Ferreira leva prata, mas faz história com 1ª final no boxe feminino em Olimpíadas

Bia Ferreira leva prata, mas faz história com 1ª final no boxe feminino em Olimpíadas

Bia levou a melhor no primeiro assalto na opinião de três dos cinco juízes. O segundo foi vencido por Harrington, que sacramentou o triunfo no terceiro round

Publicado em 8 de agosto de 2021 às 03:04

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Olimpíadas
Bia Ferreira ficou com a prata na decisão do boxe contra a irlandesa em Tóquio. (Jonne Roriz/COB)

A boxeadora Bia Ferreira, de 28 anos, ficou com a medalha de prata na categoria peso leve, até 60 kg, das Olimpíadas de Tóquio-2020. A baiana foi derrotada irlandesa Kellie Anne Harrington neste domingo (8).

Bia levou a melhor no primeiro assalto na opinião de três dos cinco juízes. O segundo foi vencido por Harrington, que sacramentou o triunfo no terceiro round. Apesar da derrota, o resultado é histórico, já que envolveu a primeira final de uma pugilista brasileira em Olimpíadas.

Os Jogos são a única competição em que Bia Ferreira ainda não foi campeã no boxe amador. Profissional desde 2017, ela foi ouro no Sul-Americano de 2018, no Pan-Americano de 2019 e vencedora do Mundial de 2019.

Desde que chegou ao Japão, a atleta sempre disse que queria a medalha para homenagear o pai, seu treinador, Raimundo Oliveira Ferreira, conhecido como Sergipe. "Desculpa, pai, desculpa, Brasil", disse ela à transmissão dos Jogos após a derrota.

Natural da Bahia, Bia Ferreira entrou no ringue ao som de "Favela Chegou", cantada por Ludmilla e Anitta, e fez sua dancinha habitual antes da luta começar. Seu cartel até a estreia no Japão era de 108 lutas, com 104 vitórias e 4 derrotas.

Os Jogos de Tóquio são históricos para o boxe do Brasil. Foram três medalhas: uma de ouro, uma de prata e uma de bronze, melhor campanha na competição. No masculino, Hebert Conceição foi ouro e Abner Teixeira, bronze.

Assim como Conceição, Bia é parte da "seleção baiana" da modalidade. O estado deu ao país mais da metade dos convocados do esporte para os últimos quatro Jogos Olímpicos. Bia Ferreira brigava para ser o terceiro ouro do boxe que vem da Bahia na história das Olimpíadas. Além de Hebert, Robson Conceição foi campeão olímpico em 2016, no Rio de Janeiro.

A prata de Bia coroa um protagonismo inédito do Nordeste no quadro de medalhas. Em esportes individuais, a região conquistou 4 dos 7 ouros do Brasil (Ana Marcela Cunha, Isaquias Queiroz, Italo Ferreira e Hebert Conceição) e agora também duas pratas (Bia e Rayssa Leal).

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Grande parte disso veio justamente da Bahia, estado de Beatriz Ferreira. Destes pódios, apenas Italo e Rayssa são de outros estados (respectivamente, Rio Grande do Norte e Maranhão).

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