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Indicação de Eduardo Bolsonaro para embaixada divide empresários

Indicação de Eduardo Bolsonaro para embaixada divide empresários

Em evento do Brasil 200 de apoio ao lançamento da proposta de imposto único, representantes de entidades setoriais afirmaram que o senso de urgência das reformas não pode ser desviado

Publicado em 17 de julho de 2019 às 19:03

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Indicação de Eduardo Bolsonaro para embaixada divide empresários. (Michel Jesus/Câmara dos Deputados)

Se em parte da indústria a possível indicação do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) ao cargo de embaixador do Brasil em Washington (EUA) foi bem recebida - José Roriz Coelho, da Fiesp, considerou uma oportunidade histórica -, outras áreas empresariais, como varejo e serviços, encaram a medida com reticência.

Em evento do Brasil 200 de apoio ao lançamento da proposta de imposto único na terça-feira (15), representantes de entidades setoriais afirmaram que o senso de urgência das reformas não pode ser desviado por temas ligados à família presidencial.

Bolsonaro está expert em criar "probleminhas paralelos", segundo Hermes Figueiredo, presidente do Semesp (sindicato de mantenedoras de ensino superior).

"É uma atitude impensada porque temos assuntos como esse [tributário] tão importantes. Não há necessidade de criar tema paralelo que só causará desgastes", afirmou o presidente do Semesp.

Já Emerson Luiz Destro, presidente da Abad (de atacadistas e distribuidores), afirma que, na prática, o nome do ocupante do posto diplomático em Washington não interfere em seu setor, mas toda especulação atrapalha o cenário positivo de mudanças.

Mesmo que o embaixador possa beneficiar interesses do Brasil devido à ligação direta com o Executivo, alguns acham injusto ter de ser "amigo do rei" para garantir uma boa posição.

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"Faz mal à imagem do Brasil. Precisamos de instituições fortes, não de famílias fortes", afirmou um representante do comércio internacional. "É bom no curto prazo, mas muda [a presidência do] Trump e ficamos como?", questiona.

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