Publicado em 2 de maio de 2018 às 11:12
Em mais um sinal de aproximação, as duas Coreias desmontaram nesta terça-feira os enormes alto-falantes que emitiam propagandas governamentais para o vizinho do outro lado da fronteira, enquanto o presidente sul-coreano pediu à ONU para supervisionar o encerramento previsto do local de testes nucleares da Coreia do Norte. A desativação de dezenas de alto-falantes faz parte de um acordo sobre a reconciliação firmado pelos chefes de Estado dos dois países em sua histórica cúpula na última sexta-feira.>
Soldados sul-coreanos desmontaram os alto-falantes em várias áreas na presença de jornalistas, que foram então forçarados a deixar o local, informou o Ministério da Defesa. Ambas as Coreias haviam suspendido as transmissões de propaganda na fronteira de 248 quilômetros na semana passada, antes da cúpula.>
O líder norte-coreano, Kim Jong-un, suspendeu os testes de mísseis balísticos e disse que seu programa nuclear é negociável, mas o ceticismo persiste sobre a seriedade de sua oferta e até onde estaria disposto a ceder. Alguns especialistas dizem que a sua sinceridade será testada durante a reunião com o presidente dos EUA, Donald Trump, que deverá acontecer dentro de algumas semanas, no que seria a primeira cúpula entre a Coreia do Norte e os Estados Unidos desde o fim da Guerra da Coreia 1950-53.>
Na cúpula de sexta-feira, Kim disse que ao presidente sul-coreano, Moon Jae-in, que fecharia o único local conhecido para testes nucleares em seu país e permitiria a presença de especialistas estrangeiros e jornalistas durante o processo.>
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Ele também afirmou que estaria disposto a abandonar seus programas nucleares se os Estados Unidos formalmente prometessem acabar com a Guerra da Coreia e não atacarem a Coreia do Norte, segundo o gabinete presidencial norte-coreano.>
Durante uma conversa telefônica com o secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, na terça-feira, Moon disse que a ONU deveria estar presente no fechamento do centro de testes nucleares Punggy-ri. Ele também solicitou que a ONU declarasse formalmente seu apoio à declaração da cúpula. Guterres disse que vai tentar contribuir para o estabelecimento da paz na península, de acordo com o gabinete presidencial.>
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