Capixaba vai estudar em prédio onde houve ataque nos EUA

Lucas se prepara para o ensino médio no local a partir de agosto

O capixaba Lucas Carvalho, de 13 anos, esteve no prédio da escola onde o atirador Nikolas Cruz, 19, abriu fogo e matou 17 pessoas um dia antes do atentado. Segundo o pai de Lucas, o analista de mercado financeiro Luiz Carvalho, o adolescente, que estuda no prédio vizinho, no mesmo complexo escolar, foi ao local para conhecer a escola onde deve estudar a partir de agosto.

Carvalho explica que o filho cursa o middle school (o equivalente ao final do ensino fundamental no Brasil). Em agosto ele vai para a etapa seguinte - o high school (ensino médio) - que funciona no prédio onde houve o crime. “É traumático. Ele esteve lá com a mãe dele na terça-feira para escolher as matérias que vai fazer a partir de agosto. Foi apresentado àquela escola e no dia seguinte ocorreu a tragédia. Ele vai começar a estudar lá em agosto. Não vai demorar. Por isso, é difícil. Não é algo pequeno”, contou.

Segundo o pai, a primeira reação do adolescente é dizer que não quer estudar no local. No entanto, os alunos estão recebendo ajuda para superar o trauma e seguir com suas vidas normalmente. “Estamos mostrando que isso não é algo que acontece sempre”, disse Carvalho destacando que o governo local tem dado todo o apoio psicológico aos estudantes e suas famílias.

A escola está funcionando, mas Lucas só deve retornar às aulas terça-feira. Já o prédio vizinho, onde funciona a high school e houve o tiroteio, segue fechado até segunda ordem.

Um levantamento feito pela CNN aponta que o tiroteio promovido por Nikolas Cruz está entre os 10 mais mortais da história recente dos EUA.

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O mais mortal foi o de Las Vegas no ano passado, quando um homem atirou do 32º andar de um hotel contra multidão que participava de festival de música country. No total, 58 pessoas morreram e mais de 500 ficaram feridas. O atirador, Stephen Paddock, de 64 anos, se matou.