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Ao menos quatro morrem em invasão ao Congresso dos EUA

Ao menos quatro morrem em invasão ao Congresso dos EUA

Uma manifestante morreu depois de ser baleada pela polícia do Capitólio. Ela chegou a ser socorrida e levada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos

Publicado em 7 de janeiro de 2021 às 11:45- Atualizado Data inválida

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Apoiadores de Trump protestam em frente ao Capitólio, em Washington
Apoiadores de Trump protestam em frente ao Capitólio, em Washington. (Steven Ramaherison/TheNews2/Folhapress)

Ao menos quatro pessoas morreram durante a invasão do Congresso dos Estados Unidos por apoiadores do presidente Donald Trump nesta quarta-feira (6), enquanto os parlamentares realizavam a sessão de ratificação da vitória de Joe Biden nas eleições.

Uma manifestante morreu depois de ser baleada pela polícia do Capitólio. Ela chegou a ser socorrida e levada ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos.

O chefe do departamento de polícia de Washington, Robert J. Contee, afirmou que outras três mortes (dois homens e uma mulher) foram registradas nos arredores do Capitólio. Ele disse que esses óbitos decorreram de "emergências médicas", sem oferecer mais detalhes.

Ainda segundo Contee, ao menos 14 policiais ficaram feridos, um deles em situação grave, durante os confrontos no Congresso. Ele também informou que 52 pessoas foram presas, 47 delas por desrespeitar o toque de recolher em vigor desde as 18h locais (20h em Brasília).

A polícia não identificou oficialmente nenhuma das vítimas, mas diferentes veículos da imprensa americana afirmam que a mulher baleada na sede do Congresso era Ashli Babbitt.

De acordo com o jornal Washington Post, que entrevistou o ex-marido de Babbitt, ela tinha 35 anos, era natural de San Diego, na Califórnia, veterana da Força Aérea americana e uma ferrenha defensora de Trump.

Em suas redes sociais, Babbitt expressava apoio fervoroso ao presidente rebublicano e ecoava falsas alegações propagadas pelo presidente republicano de fraude generalizada nas eleições americanas.

Em uma das publicações, no início de setembro, ela publicou uma foto no Twitter em que vestia uma camiseta com a frase "We are Q" (nós somos Q), em referência ao movimento QAnon, uma teoria segundo a qual Trump combate uma seita de pedófilos adoradores de Satanás que controla o mundo.

Segundo a CNN, a vítima foi baleada no peito. Imagens em redes sociais mostram uma mulher sendo socorrida no chão de um dos ambientes internos do Congresso.

A MSNBC exibiu imagens de uma mulher sendo retirada do Capitólio, com um forte sangramento na região do pescoço. O vídeo abaixo mostra a vítima ferida, no chão, em meio a gritos.

O deputado Kevin McCarthy disse ter ouvido tiros dentro do Congresso, em entrevista à Fox News.

Imagens de TV mostram manifestantes quebrando janelas para invadir o Congresso. Eles acessaram várias partes do prédio, inclusive o plenário. Os congressistas foram levados para áreas protegidas, e a sessão de certificação foi interrompida.

Uma hora antes da sessão, Trump fez um comício em Washington e disse a uma multidão que jamais assumiria a derrota para Biden, pois a eleição foi roubada.

O republicano, porém, não apresentou nenhuma prova que sustente a declaração. Mais de 60 ações que apontavam fraudes foram negadas na Justiça. Biden teve 81 milhões de votos, contra 74 milhões de Trump.

A sessão no Capitólio foi retomada depois que as forças de segurança conseguiram retirar os invasores do local. Embora tenha seguido madrugada adentro devido às contestações apresentadas por congressistas republicanos que atrasaram o processo, o Congresso certificou a vitória do democrata.

Horas depois, Trump, por meio de um comunicado nas redes sociais, prometeu na manhã desta quinta-feira (7) que "haverá uma transição ordeira em 20 de janeiro", o dia em que ele deverá deixar a Casa Branca.

"Embora eu discorde totalmente do resultado das eleições, e os fatos estão do meu lado, ainda assim haverá uma transição ordeira em 20 de janeiro", disse.

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