Publicado em 13 de janeiro de 2025 às 07:44
Uma mulher colocada em coma induzido após passar por uma grave doença na gravidez descreveu como acordou e descobriu que seu bebê havia nascido.>
Atlanta McIntyre, de 29 anos, da cidade de Rhondda Cynon Taff, no País de Gales, teve náuseas e vômitos excessivos durante a gravidez, conhecidos como hiperêmese gravídica (HG).>
Durante um episódio de vômito, McIntyre engasgou e teve que ser colocada em coma induzido pelos médicos.>
Quando ela recuperou a consciência, descobriu que sua filha havia nascido de uma cesariana.>
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"Fiquei muito chocada e incrédula", disse McIntyre.>
"Lembro-me de dizer a todas as enfermeiras e ao meu parceiro que eles estavam mentindo para mim sobre tê-la tido.">
Enjoos na gravidez, muitas vezes chamados de enjoos matinais, são muito comuns, com oito em cada 10 mulheres grávidas apresentando sintomas.>
Mas algumas gestantes apresentam vômitos e náuseas extremos, conhecidos como HG, que geralmente necessitam de tratamento hospitalar.>
Segundo o NHS, o sistema público de saúde do Reino Unido, a HG afeta cerca de uma a três em cada 100 mulheres grávidas.>
"Minha doença começou cedo, desde o momento em que soube que estava grávida, antes mesmo de fazer o teste", conta McIntyre.>
"Por volta de seis semanas, o enjoo matinal realmente começou. Toda manhã, eu acordava passando mal. Tudo que eu comia, eu passava mal.">
A doença se tornou tão grave que McIntyre acabou precisando fazer um tratamento hospitalar constante para desidratação.>
"Eu não conseguia manter nada no estômago. Não conseguia manter medicamentos ou algo assim".>
"As pessoas ficavam me dizendo: 'Vai melhorar depois do primeiro trimestre', então, depois de 12 semanas, vai melhorar".>
"Cheguei com cerca de 14 semanas e ainda era estranhamente grave a ponto de eu não conseguir reter líquidos".>
"Foi quando me diagnosticaram com HG".>
"Eu ia e voltava semanalmente, especialmente no final da minha gravidez, para o hospital", relata McIntyre.>
Em fevereiro de 2024, durante sua 29ª semana de gravidez, McIntyre começou a se sentir mal ao comer.>
"Eu basicamente engasguei (com o vômito) e ele foi direto para meus pulmões", conta McIntyre.>
Ela ficou tão doente que os médicos do Hospital Prince Charles, em Merthyr Tydfil, tiveram que colocá-la em coma induzido no dia 19 de fevereiro.>
"Fiquei ali por umas boas 20 horas antes de fazerem uma cesárea", conta.>
"A frequência cardíaca dela (da bebê) caiu drasticamente, e eles disseram ao meu parceiro: 'Está na hora — temos que tirá-la agora, caso contrário ela não sobreviverá'.">
A filha de McIntyre, Poppy, nasceu prematuramente, com 29 semanas, em 20 de fevereiro, pesando 1,4 kg.>
A bebê foi transferida para o Hospital Singleton, em Swansea, para receber cuidados.>
Quando McIntyre acordou do coma, três dias depois, ela descreveu que estava se sentindo aterrorizada.>
"Foi assustador, não saber se a (Poppy) estava bem", conta McIntyre.>
"Ela estava intubada e ventilada na época, em um hospital completamente diferente do meu.">
O parceiro de McIntyre a visitava durante o dia antes de ir para Singleton para passar um tempo com a filha à noite.>
Cerca de 10 dias depois de acordar do coma, McIntyre conheceu sua filha.>
"Foi realmente assustador para nós, mas foi incrível vê-la e conferir como ela havia progredido apenas naqueles poucos dias em que eu não estava por perto", lembra McIntyre.>
Agora, com 10 meses, Poppy está morando em casa e passando bem.>
"Eu fiquei tonta, letárgica, não conseguia levantar a cabeça, tinha dores de cabeça constantes e estava constantemente desidratada".>
"Eu não conseguia manter líquidos no estômago. Qualquer coisa que eu cheirasse me deixava mal. Eu não conseguia comer alimentos gordurosos ou algo assim. Eu só conseguia comer alimentos sem graça — arroz, pão, biscoitos de gengibre.">
"Foi quando a coisa ficou realmente ruim. Quando eu não conseguia nem segurar isso. Perdi muito peso durante a gravidez. O fato de ela ter nascido com três libras me espanta.">
McIntyre espera que, ao contar sua experiência com HG, ela possa encorajar outras mulheres grávidas que sofrem da mesma condição a procurar ajuda.>
"Eu diria a outras mulheres: não é normal se sentir assim", afirma ela.>
"Não se deixe levar por quem diz que é só enjoo matinal... Eu era praticamente uma morta-viva".>
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