Publicado em 7 de julho de 2025 às 19:39
Cientistas descobriram uma nova espécie de pterossauro – um réptil voador que voava sobre os dinossauros há mais de 200 milhões de anos.>
A mandíbula do antigo réptil foi descoberta no Arizona, nos Estados Unidos, em 2011, mas técnicas modernas de escaneamento revelaram agora detalhes que mostram que ele pertence a uma espécie nova para a ciência.>
A equipe de pesquisa, liderada por cientistas do Museu Nacional de História Natural do Smithsonian, em Washington D.C., batizou a criatura de Eotephradactylus mcintireae, que significa "deusa do amanhecer com asas de cinza".>
É uma referência às cinzas vulcânicas que ajudaram a preservar seus ossos no leito de um antigo rio.>
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Os detalhes da descoberta foram publicados na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.>
Com cerca de 209 milhões de anos, acredita-se agora que este seja o pterossauro mais antigo encontrado na América do Norte. >
"Os ossos dos pterossauros do Triássico são pequenos, finos e frequentemente ocos, por isso são destruídos antes de serem fossilizados", explicou o paleontólogo Ben Kligman, do Smithsonian.>
O local desta descoberta é um depósito fóssil em uma paisagem desértica de rochas antigas no Parque Nacional da Floresta Petrificada, no Arizona.>
Há mais de 200 milhões de anos, este local era o leito de um rio, e camadas de sedimentos gradualmente aprisionaram e preservaram ossos, escamas e outras evidências de vida na época.>
O rio atravessava a região central do que era o supercontinente Pangeia, formado a partir de todas as massas terrestres da Terra.>
A mandíbula do pterossauro é apenas uma parte de uma coleção de fósseis encontrados no mesmo sítio, incluindo ossos, dentes, escamas de peixe e até fezes fossilizadas (também conhecidas como coprólitos).>
"Nossa capacidade de reconhecer ossos de pterossauro nesses depósitos fluviais [antigos] sugere que pode haver outros depósitos semelhantes de rochas do Triássico ao redor do mundo que também podem preservar ossos de pterossauro", diz Kligman.>
O estudo dos dentes do pterossauro também forneceu pistas sobre o que o réptil alado, do tamanho de uma gaivota, teria comido.>
"Eles apresentam um grau excepcionalmente alto de desgaste nas pontas", explicou Kligman, sugerindo que este pterossauro se alimentava de algo com partes duras do corpo.>
A presa mais provável, disse ele à BBC News, eram peixes primitivos que teriam sido cobertos por uma couraça de escamas ósseas.>
Cientistas dizem que o local da descoberta preservou uma "foto instantânea" de um ecossistema onde grupos de animais hoje extintos, incluindo anfíbios gigantes e antigos parentes de crocodilos com couraça, viveram ao lado de animais que podemos reconhecer hoje, incluindo sapos e tartarugas.>
Este depósito fóssil, diz Kligman, preservou evidências de uma "transição" evolutiva há 200 milhões de anos.>
"Vemos grupos que prosperaram mais tarde, vivendo ao lado de animais mais velhos que [não] sobreviveram ao Triássico", afirma. "Leitos fósseis como esses nos permitem estabelecer que todos esses animais realmente viveram juntos.">
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