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Honda Civic 2020 tem vocação para o conforto

Honda Civic 2020 tem vocação para o conforto

Testamos a versão intermediária EXL do Honda Civic, a mais competitiva da linha 2020 do sedã

Publicado em 27 de janeiro de 2020 às 13:12

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Honda Civic 2020: nas laterais, as colunas das portas receberam cor preto brilhante. (Luiza Kreitlon/Agência AutoMotrix)

Exatos três anos depois do lançamento da décima geração do Civic no Brasil, o sedã da Honda chegou ao mercado nacional em sua linha 2020 em agosto de 2019, com uma discreta reestilização. O para-choque frontal foi redesenhado e ganhou linhas mais horizontais e, no traseiro, foi adicionado um friso cromado. Nas laterais, as colunas das portas receberam cor preto brilhante. Por dentro, novos revestimentos e apliques metalizados. A versão intermediária EXL ganhou rodas de liga leve de 17 polegadas e 10 raios com acabamento grafite, sensor de chuva, saídas do ar-condicionado para os bancos traseiros e chave presencial, possibilitando que o sedã recebesse partida por botão.

O motor flex 2.0 de quatro cilindros entrega 155 cavalos e 19,5 kgfm de torque, quando abastecido com etanol. A EXL é a configuração mais equipada com motor aspirado do sedã, que move também as versões EX, a Sport e a LX. Acima dela, há a versão Touring do sedã e o cupê Si, ambos com motor 1.5 turbo. Exceto pelo cupê, todas as configurações adotam o câmbio automático continuamente variável (CVT), que conta com conversor de torque para ajudar nas arrancadas e simula 7 marchas, com opção de trocas sequenciais pelas aletas atrás do volante.

Na versão EXL, o pacote de equipamentos inclui ar-condicionado digital, freio de estacionamento eletrônico com função Brake-Hold – ao parar o veículo, não é necessário manter o pé no pedal do freio –, controle de cruzeiro, botão Econ de modo de condução econômico, vidros elétricos nas quatro portas com função "um toque", sistema de áudio com tela tátil de 7 polegadas compatível com Android Auto e Apple CarPlay com comandos no volante, câmera de ré, direção com assistência elétrica e monitoramento de pressão dos pneus – quando um dos pneus tem redução na pressão, uma luz amarela acende no painel. O ar-condicionado é de duas zonas e foram incluídas providenciais saídas de ventilação para os ocupantes do banco traseiro.

Honda Civic 2020. (Luiza Kreitlon/Agência AutoMotrix )

Em termos de segurança, além dos obrigatórios airbags frontais e ABS, a versão EXL traz bolsas laterais e de cortina, controle de estabilidade e tração, assistente de partida em aclives, sistema de vetorização por torque via frenagem automática das rodas internas e luz de frenagem de emergência. A Honda optou por não incluir no Civic brasileiro os sistemas ativos de segurança que andam em alta no segmento de sedãs – freiam automaticamente o carro em caso de acidente iminente ou evitam que o motorista saia da faixa involuntariamente.

Com uma estética arrojada e ainda moderna – apesar de ter sido apresentada em agosto de 2016 –, um “powertrain” eficiente e bons equipamentos, o Civic pode ser considerado um automóvel desejável e, não por acaso, a EXL é uma das versões “puxadoras de vendas” da linha. Todavia, os preços cobrados pelo sedã da Honda não permitem que se torne ainda mais popular nas ruas brasileiras – a versão EXL avaliada parte de R$ 112.600, mas os preços vão dos R$ 97.900 na básica LX aos R$ 134.900 na Touring. Outra questão que certamente inibe a expansão das vendas da linha Civic em geral é o sucesso de seu arquirrival: o Corolla. O sedã da Toyota apresentou em setembro no Brasil sua linha 2020, com um visual renovado, sistemas de segurança ativa e novos motores – inclusive uma inédita versão híbrida. Em 2019, de janeiro a novembro, o Civic vendeu 24.920 unidades, enquanto o Corolla teve 51.492 emplacamentos.

Honda Civic 2020. (Luiza Kreitlon/Agência AutoMotrix )

Experiência a bordo

Por dentro, o Honda Civic EXL é o que se costuma chamar de “um carrão”. A cabine é caprichada e o conjunto formado pelo painel e console central no estilo “cockpit” podem não ser mais novidade, porém, continuam visualmente impactantes. A ergonomia e o espaço interno já são bastante conhecidos e permanecem muito bons. O sistema multimídia, com tela tátil de 7 polegadas de alta resolução e conectividade com Android Auto e Apple CarPlay, às vezes parece um tanto complexo, no entanto, não deixa a desejar. Exibe também as imagens da câmera de ré com três imagens, que mostram linhas dinâmicas indicando onde o carro irá com o volante naquela posição – uma verdadeira “mão na roda” nas manobras de estacionamento.

Por dentro, o Honda Civic 2020 recebeu apliques metálicos. (Luiza Kreitlon/Agência AutoMotrix )

A posição de dirigir é correta, com bancos bastante confortáveis. Os bancos e o volante são revestidos em um tecido sintético que imita couro. O painel de instrumentos tem acabamento “soft touch” – macio ao toque. O freio de estacionamento eletrônico EPB é acionado por meio de um botão. Os vidros elétricos contam com a função de subida automática dos vidros com apenas um toque em todas as portas. A coluna de direção é ajustável em altura e profundidade. O isolamento acústico é bom para o segmento.

Impressões ao dirigir

O Honda Civic é um daqueles carros que tornam o ato de dirigir um prazer. O motor entrega 155 cavalos (com etanol) e 150 cavalos (com gasolina), sempre a 6.300 rpm, com torque máximo de 19,5 kgfm (com etanol) e de 19,3 kgfm (com gasolina) a 4.800 rpm. O câmbio automático CVT colabora bastante ao obter a força necessária do motor quando é preciso. A entrega do desempenho é progressiva e as respostas são sempre rápidas. Não falta força nem em baixos giros. O CVT tem conversor de torque para ajudar nas saídas e ainda simula sete marchas, com possibilidade de trocas sequenciais pelas aletas atrás do volante. Na prática, o conjunto basta para deixar o sedã esperto, mesmo sem a “pegada” mais esportiva da versão Touring, com seu motor 1.5 turbo de 173 cavalos.

O Honda Civic 2020 teve discreta mudança: o para-choque frontal ganhou linhas mais horizontais. (Luiza Kreitlon/Agência AutoMotrix )

Se a proposta é entregar um sedã confiável e confortável, a versão EXL a cumpre com precisão. O modo Econ faz com que o câmbio CVT troque as marchas virtuais em giros mais baixos e atua também sobre o ar-condicionado, para privilegiar a redução no consumo de combustível. A função Brake Hold permite tirar o pé do pedal do freio, mesmo em Drive, sem que o carro comece a andar antes de ser acelerado – algo bastante funcional e relaxante nos engarrafamentos. O assistente de partidas em aclive HSA também torna a vida do motorista mais fácil.

A calibragem da direção eletro-assistida progressiva é correta e a suspensão impressiona pela eficiência com que filtra as irregularidades do piso. O assistente de tração e estabilidade VSA atua com elegância quando o motorista se excede no acelerador em trechos mais sinuosos. Ágil em curvas e com uma suspensão que controla muito bem os movimentos da carroceria, o Honda Civic EXL está entre as melhores opções de sedã nacional para quem não quer abrir mão do conforto.

O para-choque traseiro ganhou friso cromado. (Luiza Kreitlon/Agência AutoMotrix )

FICHA TÉCNICA

Honda Civic EXL

Cilindrada: 1.997 cm3

Combustível: etanol ou gasolina

Potência: 155 cavalos (com etanol) e 150 cavalos (com gasolina), sempre a 6.300 rpm

Torque: 19,5 kgfm (com etanol) e 19,3 kgfm (com gasolina) a 4.800 rpm

Câmbio: automático continuamente variável (CVT), 7 marchas simuladas

Direção: elétrica

Suspensão: MacPherson na dianteira e multilink na traseira

Freios: disco ventilado na dianteira e disco sólido na traseira

Tração: dianteira

Dimensões: 4,64 metros de comprimento, 1,80 metro de largura, 1,43 metro de altura e 2,70 metros de entre-eixos

Peso: 1.291 kg

Tanque: 56 litros

Porta-malas: 519 litros

Pneus: 215/50 R17

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Preço básico: R$ 112.600 na cor Branco Tafetá. Pintura metálica (como o Cinza Barion do modelo avaliado) ou perolizada que aumenta o preço em R$ 1.350

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