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'Virar uma lenda me deixa feliz', diz Falcão antes de visita ao ES

"Virar uma lenda me deixa feliz", diz Falcão antes de visita ao ES

Recém-aposentado, o ídolo do futsal vem ao Espírito Santo para um evento em Anchieta, neste domingo

Publicado em 21 de março de 2019 às 21:46

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Jogador de habilidade e de centenas de gols. Dos dribles desconcertantes, títulos importantes e recordes. Um brasileiro que faz “mágica com a bola” e entrou para a história ao se tornar uma das maiores referências do futsal.

Falcão é um ídolo do futsal. (CBFS/Divulgação)

Aposentado aos 41 anos, Falcão não faz mais jogos oficiais, mas não larga o futsal por nada. E é justamente por conta da modalidade que o camisa 12 vem ao Espírito Santo neste domingo, para um evento que acontece às 16 horas, na Vila Olímpica de Anchieta. A entrada é gratuita. Antes de desembarcar no Estado, o craque conversou exclusivamente com o Gazeta Esportes.

VISITA AO ESPÍRITO SANTO

As expectativas são as melhores possíveis. O Sicoob sempre promove grandes eventos e estar juntos com eles no Espírito Santo vai ser muito bacana. Para mim é uma satisfação muito grande fazer esses eventos pelo Brasil e receber sempre um carinho diferente em cidades onde eu nunca fui. Tenho certeza que essa parceria Falcão-Sicoob-Anchieta vai ser muito bacana para todos e vai ser inesquecível. Quem sabe não vire um evento anual (risos). Graças a Deus, em qualquer lugar do Brasil ou do mundo em que vou sou recebido com um carinho muito grande e eu tenho certeza que aí não vai ser diferente. Estou muito ansioso para que o domingo chegue logo!

VIDA DE EX-ATLETA

Na verdade, estou aposentado somente como jogador profissional, porque o meu dia a dia está muito mais puxado do que quando eu jogava profissionalmente. O treino era na cidade que eu moro, alguns jogos também, e eu viajava para jogar ou para ir a alguns eventos. Agora é diferente: todos os meus eventos são fora da minha cidade, então acabo ficando até menos dentro de casa. Então, parei de jogar como profissional, mas estou trabalhando mais.

CARREIRA

Virar uma lenda do esporte, como você colocou, me deixa muito feliz. O saldo que eu tiro é o melhor possível, de ter levado a um patamar um esporte que não era tão falado, não era tão conhecido, de ter certeza que fiz a diferença na visão do esporte em muitas partes do mundo, com meu estilo de jogo. Acredito que o legado deixado foi o melhor possível.

ARREPENDIMENTOS?

Não tenho nenhum. Na verdade, sempre fiz as escolhas certas no momento certo, no lugar certo, então não posso me queixar de nada. Eu olho para trás e tenho certeza de que as minhas escolhas foram as melhores possíveis.

REDES SOCIAIS

As redes sociais me aproximam bastante dos fãs. Tenho certeza de que, se eu tivesse rede social desde o começo da minha carreira, os números seriam ainda maiores. É uma forma de interagir com os fãs, mostrar algumas jogadas ou eventos que ninguém sabe que vão acontecer. Me diverte e me aproxima muito dos meus fãs.

FICOU MARCADO

Quando o assunto é competição ou jogo marcante, eu sempre falo do Mundial de 2012, quando eu estava com uma paralisia facial, o Brasil estava perdendo para a Argentina por 2 a 0, e eu acabei fazendo os dois gols da classificação para a final daquele Mundial. Para mim, aquele jogo com a Argentina foi o mais marcante, por tudo que se passou, pelas minhas condições e pela importância. O jogo e a competição se encaixam no mesmo momento.

EXTERIOR

Jogar na Europa nunca foi uma vontade minha, mas claro que se tivesse que ter ido eu teria ido. Eu tenho um reconhecimento financeiro bom desde 2002 aqui no Brasil, sempre tive muitos parceiros e muitos patrocinadores. Quando eu colocava essas questões na ponta do lápis ir para o exterior era uma opção que não compensava, por isso eu sempre optava por ficar por aqui.

O craque Falcão superou a marca dos 400 gols. (CBFS/Divulgação)

FUTEBOL DE CAMPO

Eu só fiz uma passagem pelo futebol de campo em um momento bem especial da minha carreira. Eu voltei para o futsal por opção minha, pois o São Paulo havia fechado comigo um contrato de três anos, então eu tenho certeza que eu teria dado certo no futebol de campo também, mas eu não me arrependo. Hoje eu vivo da minha imagem por ter sido o número 1 no meu esporte. No futebol, talvez eu seria só mais um.

CONTINUIDADE NA AMARELINHA

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A seleção brasileira sempre foi forte, antes, durante e pós-Falcão. Tem muitos grandes jogadores, uma geração muito forte e muito competitiva. Talvez ainda não tenha um atleta que chame atenção da mídia e do público de maneira geral, mas em termos de título e de competição vai continuar sendo muito forte, com certeza.

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