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Toque capixaba em uma das principais expedições de canoa havaiana do Brasil

Ranin Thomé e Bárbara Guimarães estarão na 4ª edição da Expedição Anamauê, que vai sair de Arraial D´Ajuda (BA) com destino a Niterói (RJ)

Publicado em 22/12/2020 às 19h46
Atualizado em 22/12/2020 às 20h03
 Bárbara Guimarães e Ranin Thomé vão participar de uma das maiores expedições de canoa havaiana do Brasil
Ranin Thomé e Bárbara Guimarães estarão na 4ª edição da Expedição Anamauê. Crédito: Acervo Pessoal

Uma das maiores travessias de canoa havaiana do Brasil, a 4ª edição da Expedição Anamauê vai contar com um toque capixaba. Ranin Thomé e Bárbara Guimarães vão encarar o desafio que começa na praia do Parracho, em Arraial D´Ajuda, entre os dias dia 25 e 26 deste mês, e vai passar pelo litoral sul da Bahia, pelo litoral norte do Espírito Santo e pela Região dos Lagos no Rio de Janeiro com previsão de término entre os dias 10 e 20 de janeiro de 2021 em Niterói (RJ).

A expedição terá 650 milhas náuticas, e será feita por intermédio de uma canoa havaiana V6 adaptada para vela que terá dois mastros. A cada dia serão velejadas e remadas (se preciso) de 30 até 40 milhas náuticas, dias inteiros no mar sem o auxílio de equipamentos eletrônicos, apenas bússola e carta náutica.

Um dos líderes da expedição é o capixaba Ranin Thomé, natural de Regência, em Linhares e multicampeão estadual no esporte. Ele que idealizou o desafio ao lado do niteroiense Douglas Moura. Ranin, oceanógrafo, conheceu a canoa havaiana durante o período de faculdade, hoje ele tem 10 anos de experiência no esporte e nesse mesmo período montou o primeiro clube que vem se espalhando pelo litoral.

"Estamos encarando com muito respeito a expedição pois sabemos que o mar não é injusto, mas é intolerante. É um desafio pois ninguém nunca adaptou uma canoa V6 tahitiano. Ninguém nunca fez esse percurso. Sempre é um desafio. Não nos consideramos aventureiros pois aventureiros são pessoas que fazem sem planejamento. Estamos muito confiantes pois as pessoas que vão e quem faz a canoa trabalham há mais de 10 anos com canoa, a equipe tem muita experiência com travessias. Temos muitos parceiros de bases ao longo do caminho. A comunidade da canoa é muito parceira, que abraça", aponta Ranin que vê os maiores desafios nas chegadas e saídas: "Precisamos embarcar e desembarcar em praias com ondulações, bocas de Rio, parar para dormir todos os dias. Maior perigo é a zona de arrebentação para chegar ou sair das praias". 

EXPERIÊNCIA ALIADA À PREPARAÇÃO

Mais uma capixaba na travessia, Bárbara Guimarães, também oceanógrafa, é instrutora de canoa havaiana há cinco anos. Ela é professora da base da CPP Extreme em Vitória (ES) dando aulas no período da noite e já realizou diversas expedições de norte até o sul do Espírito Santo. Ela conta que a preparação vem sendo forte.

"Os treinos têm sido praticamente diários, estou remando 15km/dia. No final de semana faço uma remada de 20km sem parar em canoa individual (V1). Além disso faço yoga e funcional regularmente. Minha alimentação durante a quarentena é vegetariana e faço jejum intermitente também. Tudo isso associado melhora a resistência física para essa expedição", revelou Bárbara que também destacou o aumento do número de mulheres no esporte. "O esporte vem ganhando popularidade, quantidade praticamente igual de homens e mulheres nas escolas. A vibe que vem dos alunos nas aulas e nos campeonatos estimulam com que as mulheres queiram fazer parte da canoa havaiana, isso é muito positivo".

A 4ª edição da Expedição Anamauê tem ainda três membros do estado do Rio de Janeiro. Douglas Moura, de Niterói (RJ), que realizou diversas expedições, entre elas Niterói (RJ) até Santos (SP) com onze dias no mar, além de ter disputado competições internacionais, o velejador niteroiense Talvo Calfat e o carioca Daniel Gnone, do Rio de Janeiro.

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