A Superfinal do Campeonato Mundial de Parapente começou. O start aconteceu na noite dessa terça-feira (19), com uma solenidade na Praça São Pedro, em Baixo Guandu, no Noroeste do Estado. Nos ares, a disputa começa nesta quarta-feira (20) e segue até o próximo dia 30 de março. Para marcar a data e a competição, separamos algumas curiosidades sobre o evento e o esporte radical. Confira:
1 - DOS QUATRO CANTOS DO MUNDO
De acordo com o site oficial da competição, pilotos dos cinco continentes participam da final. Ao todo, são 124 atletas, de 29 países, confirmados. Na liderança, com maior representatividade, está a França (28), seguida pela Itália (13). Entre os inscritos há seis brasileiros: Rafael Saladini, Samuel Nascimento, Deonir Spancerski, Rafael Nascimento, Jeison Zeferino e o capixaba Frank Brown.
2 - EM BUSCA DE IGUALDADE
A presença das mulheres nos campeonatos de parapente ainda é baixa, quando comparada à dos homens. Nesta disputa, por exemplo, dos 124 pilotos, apenas 14 representam as mulheres. Porém, há uma boa notícia para elas: a premiação é a mesma se tivermos um vencedor ou uma vencedora.
3 - RANKEAMENTO
A disputa da superfinal é basicamente uma corrida nos ares. Cada dia, um trajeto é definido com bases nas condições climáticas e quem o fizer mais rapidamente vence a parcial. No final dos onze dias do evento, quem somar mais pontos consagra-se campeão.
4 - MAPA AÉREO
Em uma das etapas qualificatórias que aconteceu em Baixo Guandu no ano passado, a maior prova contou com seis pontos obrigatórios, além dos locais de decolagem e pouso. Já a mais longa, com quatro pontos, tinha uma distância geográfica de 164 km. A média, no entanto, costuma variar entre 80 km e 120 km o que de acordo com participantes corresponde de 3h a 4h30 de voo.
5 - UM POUCO DE HISTÓRIA
Nascido na Inglaterra, George Cayley é considerado um dos pioneiros na construção de planadores dirigíveis, ainda no século XIX. No entanto, apenas em 1948, o estadunidense Francis Rogallo cria a asa que é considerada o precursor do parapente. Na década de 1960, o conterrâneo David Barish desenvolve um paraquedas com melhor performance de planeio e nasce o esporte, na época chamado de slope soaring (traduzido como voo de colina). No dia 5 de maio de 1979, é fundado o primeiro clube de parapente: o francês Les Choucas, que existe até hoje.
6 - EM SOLO BRASILEIRO
No Brasil, os primeiros voos de parapente foram realizados em 1987 por François Knebel e Jerome Saunier, na Pedra Bonita, no Rio de Janeiro. Já os primeiros pilotos brasileiros foram: Ruy Marra, Bruno Menescal, Daniel Schmidt, Luiz Otávio Menezes Filho, Patrick Bredel, Antônio Lage e Andréa Lima Duarte. O primeiro Campeonato Brasileiro de Parapente aconteceu em 1989, na rampa da Serra do Vulcão, em Nova Iguaçu (RJ) e teve Bruno Menescal como campeão.
7 - ATENÇÃO ÀS COORDENADAS
Acoplado ao equipamento de voo, todos os pilotos fazem uso de um GPS, que tem duas finalidades principais. A primeira é o acompanhamento da posição geográfica do piloto em relação à coordenada pela qual ele precisa passar na prova; e a segunda diz respeito à segurança dos atletas. No caso de um pouso emergencial em meio a um vale deserto, por exemplo, a ferramenta facilitaria o atendimento.
8 - ARCO-ÍRIS
Com gliders coloridos, a competição muda a paisagem de Baixo Guandu. As duas cores mais comuns dos parapentes, porém, são exatamente as cores do céu e das nuvens: azul e branco. Coincidentemente, são seguidas daquelas presentes no arco-íris: amarelo, laranja, vermelho, roxo e verde. Menos escolhidas, na lanterna, aparecem o preto, o rosa, o cinza e o dourado.
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