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Nova redução da taxa Selic impacta positivamente o mercado imobiliário

Nova redução da taxa Selic impacta positivamente o mercado imobiliário

Mesmo com uma redução considerada conservadora pelos especialistas, financiamento imobiliário deve se beneficiar com taxas de juros mais atraentes

Publicado em 15 de dezembro de 2023 às 17:15- Atualizado há 10 meses

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Redução de juros contribuiu para juros menores do financiamento imobiliário. (Freepik)

Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil anunciou, nesta semana, mais um corte de 0,50 ponto percentual na Selic, que é a taxa de juros básica da economia brasileira. Se antes a taxa era de 12,25%, ela passa agora para 11,75% ao ano. Apesar de ser considerada conservadora, a decisão, que já era aguardada, foi elogiada principalmente pelos especialistas do mercado imobiliário, já que contribui para financiamentos com taxas de juros mais atraentes.

Para o vice-presidente da Associação das Empresas do Mercado Imobiliário do Espírito Santo (Ademi-ES), Alexandre Schubert, a redução tem sido de forma conservadora, mas consistente. “Com a nossa inflação em queda e também a americana, esta em velocidade menor, a expectativa é de que isso afete o mercado de forma positiva. Com isso, teremos taxas decrescentes e prestações menores para financiamento”, avalia.

Segundo ele, uma pesquisa realizada pela Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias (Abrainc) mostrou que 24% das famílias têm a intenção de adquirir um imóvel nos próximos anos. “O mercado comprador com taxas mais baixas consegue adquirir um imóvel, pois ele se torna alcançável”, complementa.

O diretor do Sindicato das Empresas de Compra, Venda, Locação e Administração de Imóveis e dos Condomínios Residenciais e Comerciais do Espírito Santo (Secovi-ES) e executivo da Gava Crédito Imobiliário, Ricardo Gava, também vê um 2024 bastante positivo para o mercado imobiliário com a redução da taxa Selic.

“Sua influência se estende a diversas linhas de crédito, afetando empréstimos, financiamentos e o rendimento de investimentos. Com a tendência de queda esperada para o próximo ano, essa mudança impacta a rentabilidade dos investimentos em renda fixa, levando os investidores a considerar alternativas, como investir no mercado imobiliário”, diz.

Ritmo de cortes

Para Marcel Lima, membro do Conselho de Finanças do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças do Espírito Santo (Ibef-ES), a expectativa de queda na taxa de juros “favorece o mercado imobiliário, estimulando a compra e financiamento de imóveis”.

“A taxa de juros tem relação direta com a atividade econômica, especialmente no setor imobiliário. As quedas nas taxas de financiamento podem não ser imediatas, mas a tendência de queda na Selic é favorável ao custo do crédito. Isso aquece a economia, estimulando a demanda, e beneficia fortemente a indústria imobiliária”, reflete.

O Comitê do Copom também sinalizou que pretende manter esse ritmo de corte para os próximos encontros, conforme indicações prévias de seus membros. No entanto, é importante notar que o efeito da redução da taxa não é imediato e pode variar de acordo com outras condições econômicas e expectativas do mercado, afirma o diretor de operações da Crediblue, Sacha Aprile.

“O Copom parece estar em busca de um equilíbrio entre estimular o crescimento econômico e, ao mesmo tempo, manter o controle inflacionário, sem comprometer a meta fiscal. A menção a uma situação econômica global mais favorável sugere que o Banco Central está atento aos efeitos do contexto externo sobre a economia doméstica, o que pode influenciar suas futuras decisões de política monetária”, avalia.

Para ele, a expectativa de um impacto maior na economia deve acontecer ao longo do ano que vem, especialmente a partir do segundo semestre. “Mas espera-se que a queda torne o crédito mais acessível à população, estimulando consumo e desenvolvimento. Com mais investimento por parte das empresas haverá mais empregos e crescimento da economia”, diz.

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