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Entenda como as mudanças climáticas afetam seu dia a dia e a economia

Entenda como as mudanças climáticas afetam seu dia a dia e a economia

Excesso de chuvas ou secas prolongadas são algumas das consequências. Governos, empresas e sociedade civil buscam alternativas. Um exemplo no ES é a Vale, que trabalha para tornar-se carbono neutra até 2050

Publicado em 16 de julho de 2021 às 11:16

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VALE CARBONO NEUTRO
Meta da Vale é, até 2050, tornar-se carbono neutra em todas as suas operações. (Vale/Divulgação)
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Muito se tem falado sobre as mudanças climáticas e suas consequências, principalmente com relação ao aquecimento médio global, que pode chegar a mais de 3,5ºC, ainda neste século, de acordo com a ONU. Nas cidades, o aumento pode chegar a cerca de 5ºC, visto que são regiões densamente povoadas, com pouca cobertura florestal, o que pode causar maiores transtornos para a população e para a economia.

Para ter ideia do tamanho da gravidade das questões ligadas ao clima, durante um dos painéis do Climatempo Sustainability Summit, no final de junho, foi ressaltado que a frequência de desastres naturais subiu de 183 fenômenos por ano, registrados de 1980 a 1999, para 384 por ano, de 2000 a 2019.

CHUVA E SECA NO ES

No início de 2020, a população e a economia sofreram com as fortes chuvas que causaram enchentes mobilizando todo o Estado. Foram mais de 12 mil pessoas desalojadas em 27 municípios, nove mortes e alerta máximo decretado por 22 cidades por conta do risco de alagamentos ou deslizamentos de terra. Segundo o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), o prejuízo, em todo o Estado, chegou a R$ 88 milhões no setor agropecuário.

Já no início de 2021, a Coordenação de Meteorologia do Incaper registrou chuvas abaixo da média em todo o Espírito Santo e um inverno mais frio, com queda de temperatura de 5ºC e tempo extremamente seco, colocando 35 cidades em alerta para as baixas temperaturas.

VALE CARBONO NEUTRO
Lagoa de uso público na Reserva Natural Vale. (Vitor de Azevedo Lopes/Divulgação)

ACORDO DE PARIS E BUSCA POR SOLUÇÕES

Isso mostra que o planeta chegou a um limiar em que é preciso urgentemente buscar soluções para conter as mudanças climáticas. Uma das convenções mais importantes para o clima, que culminou na assinatura do Acordo de Paris, aconteceu em 2015 e reuniu líderes de 195 países. Foi estabelecido um limite máximo de aumento da temperatura média global de até 2ºC, até o ano de 2100, que seria viabilizado por meio da redução das emissões de dióxido de carbono (CO2) na atmosfera.

Agora, empresas e países buscam soluções e políticas sustentáveis. Um exemplo nesse sentido é a Vale, que estabeleceu como meta se tornar uma empresa carbono neutra até 2050.

Para isso, a companhia vem traçando metas intermediárias: redução de 33% da emissão de gases de efeito estufa até 2030, com base nas emissões do ano de 2017, e redução de 15% das emissões líquidas da cadeia de valor até 2035, com base nas emissões de 2018.

“Esta agenda é fruto de um processo de escuta, alinhado com uma demanda real da sociedade relacionada à mudança climática por uma redução robusta nas emissões diretas e indiretas. Estamos dando mais um passo na construção de um novo pacto com a sociedade, com transparência e responsabilidade”, disse o presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo, quando a meta foi divulgada, em 2020.

INVESTIMENTOS E TECNOLOGIA

A Vale irá investir até US$ 6 bilhões para reduzir em 33% suas emissões absolutas diretas e indiretas (escopos 1 e 2) até 2030. As emissões diretas são provenientes de operações próprias, já as indiretas têm origem externa ao processo produtivo, como o consumo de energia elétrica.

Com a iniciativa, a Vale pretende se transformar em uma empresa com emissão líquida zero nos escopos 1 e 2 em 2050, liderando o setor para uma mineração carbono neutra. A empresa estabeleceu o Fórum de Baixo Carbono, grupo liderado pelo presidente, Eduardo Bartolomeo, composto por vice-presidentes executivos e empregados de diversas áreas da empresa, cujo objetivo é guiar a implementação e a entrega dos compromissos assumidos.

VALE CARBONO NEUTRO
Wind fence instalado do Porto de Tubarão. (Vitor Nogueira/Divulgação)

Estão sob análise mais de 40 tipos de iniciativas por meio da “Curva de Custo Marginal de Abatimento”, ferramenta que permite a ordenação de projetos em termos de custos e potenciais de redução de emissão. Há projetos de uso de eficiência energética, eletrificação de mina e ferrovia, uso de biocombustíveis em substituição ao carvão e de energia renovável, já que uma das metas da Vale é ter 100% do consumo de energia elétrica de fontes renováveis, como eólica e solar, até 2030 globalmente.

SAIBA MAIS

  • 01

    O que são mudanças climáticas?

    A intensificação do aquecimento global provoca as alterações do clima e, consequentemente, aumenta a frequência de eventos climáticos extremos. Tais mudanças climáticas estão relacionadas ao aumento de emissões globais de gases de efeito estufa.

  • 02

    O que provoca as mudanças climáticas?

    As emissões de dióxido de carbono (CO2) são responsáveis pelo aumento da temperatura média global, que já subiu quase 1°C desde o fim do século XIX.

  • 03

    Como evitar o aumento da temperatura global?

    De acordo com a ONU Meio Ambiente, as emissões globais de gases do efeito estufa em 2030 precisam ser de 25% a 55% menores do que em 2018 para limitar o aumento de temperatura média da Terra a entre 1,5°C e 2°C, limite considerado seguro por cientistas. Uma das formas de contribuir com esse objetivo é reduzir e/ou neutralizar as emissões de carbono.

  • 04

    O que é ser uma empresa carbono neutra?

    Ser carbono neutra significa calcular o total das emissões, reduzir onde é possível e balancear o restante das emissões através da compensação. A compensação das emissões pode ser feita pela compra de créditos de carbono ou na recuperação de florestas em áreas degradadas.

  • 05

    O que é o Acordo de Paris?

    O Acordo de Paris é o arcabouço regulatório vigente entre a realidade atual e o final do século. Aprovado em 2015 e assinado por 195 países, o Acordo de Paris limitou o aquecimento global em menos de 2ºC e tem objetivo de somar esforços para restringir em 1,5°C.

CARBONO NEUTRO VALE

  • Investimento de até US$ 6 bilhões nos próximos 10 anos para reduzir emissões
  • Reduzir 33% as emissões de carbono nos escopos 1 e 2 até 2030
  • Reduzir 15% as emissões de carbono no escopo 3 até 2035
  • Meta: A meta de redução de emissões é parte da trajetória para a Vale se tornar carbono neutra até 2050. Após atingir essa meta, a empresa avaliará a possibilidade de reduzir mais as emissões por meio da compra de créditos de carbono.

ENTENDA CADA ESCOPO

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    São as emissões provenientes das operações da empresa devido ao consumo de diesel, gás natural, carvão, gasolina por exemplo.

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    São emissões indiretas advindas do consumo de energia elétrica ou vapor. Não são gerenciadas diretamente pela empresa.

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    São as emissões da cadeia de valor da Vale, por exemplo: transporte terceirizado, fornecedores, e emissões dos clientes devido ao processamento e uso dos nossos produtos, a exemplo das emissões da indústria siderúrgica.

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    O ano-base usado no cálculo da meta carbono foi o de 2017, quando a Vale emitiu 14,1 milhões de toneladas de CO2 equivalente (MtCO2e). O objetivo é reduzir para 9,5 MtCO2e em 2030.

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    Paralelamente aos projetos para desassociar sua produção da emissão de carbono, a Vale irá restaurar e proteger mais 500 mil hectares de floresta nativa até 2030. Hoje, a empresa já ajuda a proteger mais de 1 milhão de hectares no mundo.

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