Publicado em 21 de junho de 2018 às 14:48
Duas farmácias e duas distribuidoras de remédios foram interditadas nesta quarta-feira (20) após a operação "Panaceia", realizada pelo Ministério Público, em Cachoeiro de Itapemirim. Dez pessoas, seis delas donas de farmácias, continuam presas acusadas de vender remédios roubados no Rio de Janeiro. A operação também investiga uma sonegação em torno de R$ 100 milhões.
As investigações começaram em 2015 após denúncias de que estabelecimentos comerciais e pessoas físicas estariam comercializando medicamentos de origem ilícita - furto, roubo ou extravio -, ou sem registro na Agencia Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Ainda segundo as investigações, medicamentos controlados eram vendidos sem receita.
Por meio de nota, a Vigilância Sanitária Municipal informou que, nas drogarias e nas distribuidoras interditadas, foram encontradas diversas irregularidades. Em uma drogaria na sede do município, além dos medicamentos furtados, a única farmacêutica do estabelecimento foi conduzida à Delegacia Regional. Em outra farmácia, localizada no distrito de Itaoca, havia grande quantidade de medicamentos furtados.
Em relação às distribuidoras, uma foi interditada parcialmente pois, medicamentos sujeitos a controle especial, não estavam escriturados corretamente. Já outra foi totalmente interditada pois, além dos produtos estarem sem a nota, o estabelecimento estava sem licença sanitária.
OPERAÇÃO
A Operação Panaceia foi realizada pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-Sul) e da Promotoria de Justiça de Cachoeiro de Itapemirim, a Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz). O Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar do MPES e da Vigilância Sanitária Municipal de Cachoeiro de Itapemirim também participaram da ação.
Vinte e dois mandados de busca e apreensão e seis de prisão foram cumpridos. Outras quatro pessoas foram presas em flagrante. Além de medicamentos, documentos e equipamentos eletrônicos foram apreendidos, todo material ainda é contabilizado e analisado.
Os envolvidos irão responder por crimes de saúde pública, saúde fiscal, patrimônio e tráfico de entorpecentes. Os nomes das pessoas presas e das empresas envolvidas no esquema de receptação de medicamentos não foi divulgado. Os presos tiveram prisão temporária - 30 dias - decretada.
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