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Temendo fechamento de escola, moradores de Pinheiros ocupam prefeitura

Temendo fechamento de escola, moradores de Pinheiros ocupam prefeitura

A comunidade quer garantias de que uma escola do município não seja fechada pelo Poder Executivo

Publicado em 2 de maio de 2018 às 22:25

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Protesto do Comitê Educação no Campo ocupa a sede da Prefeitura de Pinheiros. (Comitê Educação no Campo)

A Prefeitura de Pinheiros, no Norte do Espírito Santo, está sendo ocupada por moradores desde a tarde desta quarta-feira (02). Os manifestantes, que já levaram comida e até colchões para o local, afirmam que só deixarão a sede do Poder Executivo quando o prefeito, Arnóbio Pinheiro Silva (PRB), chegar. Eles reivindicam garantias de que uma escola de ensino fundamental da cidade não será fechada.

A escola está localizada na região de Córrego Santa Rita e atende cerca de oito crianças da comunidade. De acordo com o vereador Pablo Renan do Nascimento Pereira (PV), que também é contra o fechamento, a decisão de fechá-la foi tomada pelo Conselho Municipal de Educação. “Eles apenas comunicaram aos moradores, não houve um diálogo. Além disso, o Conselho deveria ser apenas consultivo e não deliberativo”, afirma ele.

De acordo com o vereador, embora inicialmente o prefeito tenha concordado com o fechamento, ele voltou atrás em sua decisão e permitiu que a escola continue funcionando. No entanto, os moradores querem que a autorização seja formalizada.

O agricultor Ivan Souza Santos, de 38 anos, é um dos ocupantes da prefeitura. Ele conta que o grupo esteve desde cedo no local para tentar conversar com o prefeito, mas ele não estava lá. Por isso, foi tomada a decisão. Ivan reclama que, com a decisão de fechar a escola, as crianças que estudam do 1º ao 5º ano do ensino fundamental, teriam que estudar em outra instituição, que fica a mais de 10 km de distância da atual.

Protesto do Comitê Educação no Campo ocupa sede da Prefeitura de Pinheiros. (Comitê Educação no Campo)

“O poder público está querendo transportar crianças pequenas por mais de 10 km. Não há economia que justifique isso e o transporte também é precário, quando quebra, são os moradores da comunidade que ajudam a pegar as crianças”, conta Ivan.

Segundo ele, apesar da ordem de fechamento, os alunos não ficaram sem aula, pois a professora da escola, que é da comunidade, continuou dando aulas.

De acordo com o vereador Pablo Renato, é comum que no campo as escolas possuam poucos alunos, devido à rotatividade dos moradores, que são agricultores. “Mesmo assim, por lei, uma escola com oito alunos já possui, por lei, volume suficiente para funcionar”, argumenta.

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O Gazeta Online tentou entrar em contato com o prefeito de Pinheiros, Arnóbio Pinheiro Silva, e com o ouvidor da prefeitura, Marcelo Campos, mas até o momento eles não retornaram as ligações.

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