Publicado em 16 de agosto de 2019 às 20:30
A primeira-dama, Michelle Bolsonaro, está arrasada e abatida com a publicação de histórias envolvendo a família, entre elas a divulgação de que sua avó foi presa por tráfico de drogas e que dois tios maternos enfrentam problemas com a polícia, afirmou nesta sexta (16) o presidente Jair Bolsonaro.>
Ao sair de um evento no Palácio do Planalto, Bolsonaro reconheceu que as reportagens publicadas pela revista Veja e pelo jornal Metrópoles sobre a família da primeira-dama são verdadeiras. O presidente questionou, no entanto, o "ganho jornalístico" com a divulgação das informações.>
"Quem ganha com isso? Para que esculachar a minha esposa e dizer que ela não tem legitimidade para fazer o trabalho social que ela faz? Ela está abatida, arrasada, para que isso?", disse o presidente.>
A avó de Michelle, que ficou dois dias em uma maca num hospital da periferia do >
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no último sábado (10), tem no passado uma prisão em flagrante por tráfico de drogas.>
A revista Veja teve acesso a documentos da 1ª Vara de Entorpecentes e Contravenções Penais do Distrito Federal que apontam que, aos 55 anos, ela foi presa em flagrante com pacotes de merla, um subproduto da cocaína.>
Maria Aparecida teria confessado o crime, mas, na Justiça, voltou atrás na versão. A avó da primeira-dama foi, então, sentenciada a cumprir pena em uma penitenciária do Gama, região administrativa do Distrito Federal. Lá, foi acusada de subornar um agente para que a levasse para casa. Maria Aparecida só deixou a penitenciária, em liberdade condicional, em 1999, após cumprir dois anos e dois meses de prisão.>
A revista publicou ainda que a mãe de Michelle, Maria das Graças, tinha dois registros civis, um falso e um verdadeiro. Ela foi investigada pela Delegacia de Falsificações e Defraudações de Brasília e indiciada pela Justiça sob suspeita de falsidade ideológica. O crime prescreveu e o processo foi arquivado, de acordo com a publicação.>
Sobre a mãe da primeira-dama, o jornal Metrópoles afirma ainda que ela está inscrita em um programa habitacional do governo do Distrito Federal com um RG emitido em Goiás que contém informações adulteradas.>
Disse que, sob nome falso, consta uma ocorrência de lesão corporal em 2007. Ela teria agredido a pedradas um senhor de 62 anos à época que seria locatário de Maria das Graças. A mãe da primeira-dama teria alegado que ele estava com aluguel atrasado.>
Segundo a Veja, o tio preferido da primeira-dama, João Batista Firmo Ferreira, sargento aposentado da Polícia Militar de Brasília, foi preso em maio deste ano acusado de integrar uma milícia na favela onde mora com a avó de Michelle. Ele foi um dos poucos familiares que compareceram à posse de Bolsonaro.>
O Ministério Público diz que João Batista e sete outros PMs eram o braço armado de uma quadrilha que atuava na venda ilegal de lotes na favela Sol Nascente, por meio de ameaças e eliminação de desafetos. O processo tramita sob segredo de Justiça.>
A Veja diz ainda que, nos quase 90 dias em que João Batista está detido na penitenciária da Papuda, em Brasília, o sargento aposentado não recebeu visita ou ajuda de nenhum familiar.>
O jornal Metrópoles traz informações sobre outro tio materno de Michelle, condenado, em 2018, a pouco mais de 14 anos de prisão por estupro. A denúncia foi feita por duas sobrinhas do tio da primeira-dama, que revelaram que o crime ocorreu quando eram crianças.>
O avô materno de Michelle, prossegue o jornal, foi assassinado brutalmente, em investigação que concluiu que o crime foi latrocínio - roubo seguido de morte.>
No último sábado (10), a Folha de S.Paulo revelou que Maria Aparecida Firmo Ferreira, 78, estava, havia mais de dois dias, em uma maca, com outros pacientes, no corredor do Hospital Regional de Ceilândia. Após a publicação da reportagem, a idosa foi transferida para o Hospital de Base, unidade com mais estrutura.>
Lá, passou por uma cirurgia de urgência por causa de uma fratura na bacia, da qual ainda está se recuperando -a assessoria do Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal não quis informar o estado de saúde da idosa ou a previsão de alta.>
Nesta sexta-feira (16), Bolsonaro voltou a se pronunciar sobre esse caso. "O que puder fazer para ajudar a gente ajuda, mas eu não vou ligar para um diretor de hospital dar um tratamento, passa na frente a avó da Michelle. Não vou fazer isso. É intenção minha e ponto final, pô. Não tem privilégio para nós", disse.>
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