Publicado em 22 de janeiro de 2018 às 02:31
O Ministério Público Estadual (MPES) inicia hoje, oficialmente, o processo eleitoral para escolha do próximo procurador-geral de Justiça. E a eleição terá a participação de um velho conhecido dos membros da instituição: o ex-chefe do MPES Eder Pontes vai inscrever candidatura para tentar retornar ao comando do órgão ministerial pelo próximo biênio.
Eder chefiou o MPES por dois mandatos, de 2012 a 2016. Na última eleição, sem poder concorrer a um terceiro mandato sucessivo (hipótese vedada pela Lei Orgânica do MP), ele lançou e foi o principal apoiador da candidatura de sua grande aliada, Elda Spedo. Conseguiu fazer sua sucessora, tornou-se subprocurador-geral administrativo (o segundo na hierarquia do órgão) e manteve-se como principal aliado político de Elda.
Agora, as posições se invertem, e a atual procuradora-geral de Justiça será a principal apoiadora de Eder, o candidato da situação. Para viabilizar a candidatura do aliado, Elda inclusive está abrindo mão do direito de concorrer à reeleição.
Já do lado da oposição, uma candidatura pelo menos é considerada certa: a do promotor de Justiça Marcello Queiroz, atualmente à frente da 13ª Promotoria Criminal de Vila Velha. Desde o fim do ano passado, Queiroz se declara candidato e vem se articulando com colegas, como ele próprio chegou a confirmar.
Queiroz presidiu a Associação Espírito-Santense do Ministério Público por dois mandatos, de 2011 a 2015. Ele já tentou chegar à chefia do MPES uma vez, justamente na eleição passada, vencida por Elda Spedo, em 2016. Queiroz e Eder Pontes já foram aliados, mas romperam e se distanciaram, sobretudo a partir de 2016.
Conforme a reportagem apurou junto à alta cúpula do MPES, o edital que disciplina a eleição será publicado hoje, e os interessados poderão registrar candidatura de hoje até o dia 29 de janeiro. A eleição interna será em 23 de março. A partir daí forma-se uma lista tríplice com os três nomes mais votados pelos pares. Caberá ao governador Paulo Hartung escolher um dos três para comandar o MPES até 2020.
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