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Do PSDB, Ferraço diz que STF 'fez bem' ao tornar Aécio réu

Do PSDB, Ferraço diz que STF "fez bem" ao tornar Aécio réu

Senador capixaba havia se afastado do Parlamento, em 2017, em "protesto" contra a decisão do plenário que beneficiou o ex-presidenciável

Publicado em 17 de abril de 2018 às 21:48

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(Reprodução)

Único representante do PSDB na bancada federal capixaba, o senador Ricardo Ferraço afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) "fez bem" ao transformar o também senador Aécio Neves (PSDB-MG) em réu por suposta prática de corrupção passiva e obstrução de Justiça, nesta terça-feira (17).

Para Ferraço, os elementos da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República contra o ex-presidenciável "são gravíssimos".

"A lei tem que valer para todos. Não podemos admitir dois pesos e duas medidas. Pau que dá em Chico, dá em Francisco. Os fatos imputados contra o senador Aécio Neves são gravíssimos. Portanto, fez bem o STF ao admitir a denúncia até para que ele possa se defender e, se for o caso, provar sua inocência. Mas a lei tem que valer para todos", afirmou, em vídeo.

Em outubro de 2017, Ferraço anunciou que se licenciaria do mandato de senador alegando "estar com vergonha da política". O anúncio foi feito logo após o plenário do Senado derrubar, por 44 votos a 26, decisão do STF que afastou Aécio das funções. Consequentemente, o político mineiro ganhou o direito de retomar o mandato.

"(A decisão do Senado) foi a gota d'água. Mas já vinha amadurecendo essa há algumas semanas. Quero passar mais tempo com os capixabas e mais longe de Brasília", declarou o representante capixaba, na época.

Ele estava em viagem oficial e não participou da votação. A senadora Rose de Freitas (à época no PMDB e hoje no Podemos) também não votou. Alegou não ter conseguido comprar passagem em voo comercial para Brasília. O outro senador do Espírito Santo, Magno Malta (PR), votou pela manutenção do afastamento.

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O "protesto" de Ricardo Ferraço contra a decisão dos senadores o afastou do Senado por cerca de quatro meses. Houve, no entanto, outra leitura sobre o pedido de afastamento. Conforme a coluna Praça Oito publicou na época, o senador estava interessado em mudar a própria imagem. Aproveitaria o tempo longe de Brasília para se aproximar mais do dia a dia do Estado.

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