Publicado em 19 de fevereiro de 2019 às 20:52
A divulgação de áudios de conversas entre o ex-ministro da Secretaria-Geral Gustavo Bebianno e o presidente Jair Bolsonaro pelo aplicativo de mensagens WhatsApp mobilizou senadores nesta terça-feira (19).>
"Nenhuma confusão é boa. Nem para o país nem para ninguém. Isso aí é um problema, naturalmente, mas o Senado tem que deliberar sobre sua pauta. Em relação à vazamento de áudio, quem tem que responder é quem vazou", afirmou o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP).>
Para o líder do DEM, Rodrigo Pacheco (MG), o vazamento dos áudios desgasta o governo. "Tudo que é fora de uma rotina prejudica. É o tipo de desgaste desnecessário", declarou.>
O líder do PSB no Senado, Jorge Kajuru (GO), criticou Bebianno, chamando-o de mau caráter e bandido. "Não tem como o Senado ignorar esta matéria. Isso é como você estar diante de alguém que está extorquindo. E ele avisou que o que ele iria falar abalaria a nação", disse o senador.>
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"Demorou muito tempo para o presidente da República e sua equipe de confiança descobrirem que tinham dentro da cozinha um bandido, um mau caráter", disse Kajuru.>
Jair Bolsonaro conversou com o ex-ministro Gustavo Bebianno pelo WhatsApp três vezes no dia 12 de fevereiro, um dia antes de sua alta médica no hospital Albert Einstein, na capital paulista.>
Os áudios das conversas entre os dois, divulgados pela revista Veja, confrontam a versão do presidente de que ele não havia falado naquele dia com o então auxiliar. As gravações mostram ainda que ambos conversaram também sobre o esquema de candidaturas laranjas do PSL, revelado pela Folha de S.Paulo e que levou à queda de Bebianno.>
Na manhã desta terça-feira, a Comissão de Transparência e Fiscalização do Senado aprovou por seis votos a cinco o convite a Bebianno para prestar esclarecimentos sobre o escândalo de candidaturas laranjas. "Agora depende do ministro. Ele tem que decidir [se irá ao Senado ou não], não sou eu", desconversou Davi Alcolumbre.>
"Os áudios foram vazados pelo próprio senhor Bebianno. Se ele teve disposição para tornar públicos os áudios da conversa com o presidente da República, quero acreditar que ele terá também a disposição também para vir aqui [no Senado]", defendeu o líder da Minoria, Randolfe Rodrigues (Rede-AP).>
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