Publicado em 30 de maio de 2018 às 10:40
O pré-candidato do PSDB ao Planalto, Geraldo Alckmin, disse nesta terça-feira, 29, que os concorrentes que promovem a bagunça e a ditadura deveriam deixar a disputa. Questionado sobre a postura do pré-candidato Jair Bolsonaro (PSL) na defesa da greve dos caminhoneiros, Alckmin afirmou que propostas de golpes que partiriam especialmente da rede de apoio ao ex-capitão do Exército são inaceitáveis e absurdas.>
Esses pré-candidatos que flertam com a intervenção militar e a ditadura não deveriam ser candidatos, afirmou Alckmin. Eles não acreditam no regime democrático, disse ele, após se reunir com as bancadas tucanas no Senado e na Câmara.>
No dia em que manifestantes foram para o gramado do Congresso com faixas em defesa de uma intervenção militar, Alckmin percorreu gabinetes e participou de reuniões com lideranças tucanas. Os encontros, segundo participantes, foram marcados por um clima de ansiedade por uma presença mais incisiva do pré-candidato no debate eleitoral.>
Neste momento, certas ações podem soar como oportunismo político, sem consistência, argumentou o deputado Floriano Pesaro (PSDB-SP). O momento é de trabalhar nos bastidores. Para Alckmin, a disputa começa mesmo em 15 de agosto, depois da Copa do Mundo. As pessoas não estão com cabeça agora para eleições.>
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Alckmin disse que não vê razões para apostar num crescimento, agora, da campanha do pré-candidato do PSL. Pelo contrário, disse. Esse caos que foi criado é fruto do radicalismo, e o radicalismo leva o País para o buraco. A democracia é o regime que levou o mundo inteiro a uma vida melhor, ressaltou. Procurada, a assessoria de Bolsonaro não se pronunciou até a conclusão desta edição.>
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O ex-governador de São Paulo ainda rejeitou propostas de impeachment do presidente Michel Temer por conta da paralisação dos caminhoneiros e a política de preços de combustíveis adotada pela Petrobras. Não tem o menor sentido. Temos de respeitar a Constituição, disse. Alckmin considerou corretas as medidas do Planalto de congelar preços e dar subsídios para acabar com a greve. Mas criticou o governo por não recorrer, nos últimos meses, ao colchão tributário uma redução de impostos - para evitar aumento abrupto dos combustíveis. O governo pode e deve reduzir impostos, mas em julho de 2017, fez dobrar o PIS e o Cofins, observou. É preciso ter impostos regulatórios para dar flexibilidade.>
O presidenciável também criticou a prática de aumento de combustíveis pela Petrobrás. Você saiu de um congelamento de preços no governo do PT para, do outro lado, ter reajustes diários, que tira a previsibilidade de quem trabalha na área, disse. Defendemos um reajuste de uma média dos últimos 30 dias.>
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