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Publicado em 26 de junho de 2025 às 18:23
A Polícia Civil do Espírito Santo concluiu as investigações do homicídio de Genilson de Souza Santos do Nascimento, de 43 anos, ocorrido em 16 de fevereiro deste ano, no bairro Santo André, em Vitória, e prendeu dois indivíduos que seriam mandante e executor do crime. A corporação afirmou que, conforme as investigações, o assassinato foi motivado por vingança e envolveu diretamente a atuação de uma organização criminosa ligada ao tráfico de drogas na região.>
O apontado como mandante do assassinato é Manoel Vitor Nascimento da Silva, conhecido como Dente, 34 anos, que, segundo a Polícia Civil, é chefe do tráfico de Ilha das Caieiras e adjacências. Já Pedro Gabriel Fraga Martins, o Peito Queimado, de 19 anos, gerente do tráfico de drogas na mesma região, seria quem executou Genilson.
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A execução de Genilson, segundo a Polícia Civil, foi desdobramento direto de outro homicídio, cometido horas antes, no mesmo dia. As investigações apontaram que Osmar de Souza, de 44 anos, irmão de Genilson, matou Gustavo Vieira Barreto, de 22 anos, conhecido como “Mister M”, que era gerente do tráfico de drogas no Baixo Santo André, na Capital, e subordinado direto de Manoel Vitor.>
O delegado George Zan, adjunto da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória, disse que Gustavo foi assassinado por Osmar após acusá-lo de sumir com uma carga de cocaína. >
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Delegado George Zan
Adjunto da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória
O delegado disse que quem ordenou a execução de Genilson como uma resposta a Osmar foi Manoel Vitor, o Dente, e o responsável por cumprir a ordem foi Pedro Gabriel, o Peito Queimado. Ele cometeu o assassinato no mesmo dia, poucas horas após Gustavo ser morto. >
Além de Manoel Vitor e Pedro Gabriel, a Polícia Civil disse que durante a operação para cumprimento dos mandados de prisão, ocorrida no dia 15 de abril deste ano, também foi preso Saulo Fraga Martins, de 21 anos, irmão de Pedro Gabriel. Embora não tenha envolvimento no assassinato de Genilson, a corporação disse que ele foi autuado por tráfico de drogas após ser flagrado com entorpecentes durante as buscas. >
Os três foram encontrados em suas residências, na Ilha das Caeiras, e não resistiram à prisão. No local, os policiais encontraram maconha, cocaína e haxixe armazenados em cômodos diferentes. “Todos os presos tinham envolvimento com o tráfico. Genilson e Osmar, inclusive, vendiam drogas em nome da mesma facção, antes do rompimento que levou ao crime. Eles atuavam sob a liderança de Manoel Vitor naquela região”, afirmou o delegado George Zan.>
A operação foi coordenada pela Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Vitória e contou com o apoio da Coordenação de Recursos Especiais (Core) e da Divisão Especial de Recaptura Policial (DERP), da Polícia Penal. No total, sete pessoas foram presas naquela manhã. Quatro delas estavam envolvidas em outros crimes investigados no bairro Grande Vitória, incluindo tráfico de drogas e homicídios anteriores.>
Segundo o delegado Ramiro Diniz, chefe da DHPP de Vitória, a atuação rápida das forças de segurança foi fundamental para evitar uma escalada de mortes. “O assassinato de Genilson poderia ter sido apenas o segundo de uma sequência. Com a prisão dos envolvidos, conseguimos interromper o ciclo de vingança que se desenhava”, disse.>
Todos os presos têm antecedentes por tráfico de drogas e homicídios. A polícia informou ainda que a região é controlada pela facção Primeiro Comando de Vitória (PCV), que disputa território com outros grupos e opera fortemente no entorno da Ilha das Caeiras e Baixo Santo André.>
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