Após praticamente dois meses, a perícia da Polícia Civil confirmou que a adolescente Adrielly Duarte de Oliveira, de 16 anos, morreu em decorrência de uma overdose por uso de entorpecentes — a jovem mineira passou mal durante uma festa rave realizada em Vila Velha, no dia 23 de abril. Ela foi socorrida no local, depois transferida para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Riviera da Barra, e, posteriormente, levada ao Hospital Estadual Antônio Bezerra de Faria, onde morreu horas depois.
No laudo entregue à família, consta que a causa do óbito da adolescente foi "hipóxia (pouca chegada de oxigênio às células e tecidos) devido à insuficiência hepática aguda após uso de entorpecentes".
Consultado pela reportagem, o médico Lucas Acerbi explicou que, no caso de Adrielly, a hipóxia ocorreu pela falta de oxigênio na corrente sanguínea, que ocasionou a falência do fígado, e, consequentemente, levou a jovem à morte.
Quando deu entrada no posto médico da rave, Adrielly apresentava sudorese (suor contínuo decorrente da alta temperatura corporal), fadiga respiratória e dessaturação 92% (baixa presença de oxigênio no sangue). Consta ainda que a adolescente chegou acordada ao local, apresentando quadro responsivo, abertura ocular espontânea e com baixa de inconsciência.
Na época, a morte da jovem repercutiu nas redes sociais, especialmente entre outras pessoas que foram à festa. A família da jovem também recebeu a informação de que Adrielly havia utilizado ecstasy e outras drogas sintéticas.
Em entrevista à reportagem de A Gazeta quatro dias após o ocorrido, a mãe da jovem, Maria Rosemere Duarte, contou que a filha foi à festa sem o consentimento dela. Ela disse ainda que Adrielly morava em Governador Valadares, em Minas Gerais, mas estava provisoriamente em Cariacica na casa de uma irmã.
"Quando fui liberar o corpo dela, me disseram que encontraram um monte de droga nela. Não sei de nada dessas coisas, mas me contaram que havia sinais de ectasy e de um 'quadradinho' (LSD - Dietilamida do Ácido Lisérgico). Não sei como ela usou isso, deram essas coisas para ela lá. Mataram minha filha", disse a mãe.
Demandada, a Polícia Civil não detalhou quais drogas foram encontradas e apontadas no laudo pericial. A justificativa da PC é de que o caso segue em investigação e outras informações não podem ser divulgadas no momento.
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