Além da dor de perder um ente querido, uma família ainda luta para conseguir enterrar Caíque Conceição Moreira, que tinha 16 anos. Ele ficou uma semana desaparecido até ser encontrado morto no dia 4 de abril, às margens da Avenida Audifax Barcelos Neves, na Serra.
Ele tinha sinais de tortura, estava todo cortado e carbonizado. Conforme apuração do repórter Caíque Verli, da TV Gazeta, por causa do estado avançado de decomposição, até hoje os parentes não conseguiram liberar o corpo no Departamento Médico Legal (DML), em Vitória. No dia 9 de abril, foi feita uma coleta do DNA dos pais do adolescente. O objetivo era para comparar o material genético, mas o resultado ainda não foi divulgado.
“A família está sofrendo com o fato de não poder dar a paz para os parentes e para o próprio Caíque. A avó é a pessoa que mais tem sofrido, ela trabalhava e vivia para dar um pouco de conforto ao Caíque. Ela não era nem segunda mãe, era mãe mesmo”, contou um familiar da vítima, que não quis se identificar.
A morte de Caique é investigada pela Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) de Serra.
O adolescente desapareceu na madrugada do dia 31 de março depois de sair de casa para ir em um baile funk no bairro Jardim Bela Vista, na Serra. Uma testemunha prestou depoimento na Polícia Civil e disse que Caíque foi arrancado à força dessa festa e levado para um beco do bairro.
Segundo a família, um boato espalhado por vingança pode ter motivado o assassinato.
A Polícia Civil informou que o caso segue sob investigação e, até o momento, nenhum suspeito de cometer o crime foi detido. Para que a apuração seja preservada, nenhuma outra informação seria repassada.
"De acordo com o DML, não foi possível realizar a identificação utilizando necropapiloscopia (impressão digital) e a arcada dentária. Diante disso, o material genético foi coletado para que seja realizado o exame de DNA. O corpo da vítima foi encontrado em estado avançado de decomposição e em situações que requerem exames laboratoriais, o processo pode levar mais tempo, especialmente quando são necessários exames de DNA (até 30 dias) e exames histopatológicos, um procedimento laboratorial que envolve a análise microscópica de tecidos biológicos (entre 60 a 90 dias)", completou a corporação.
Com informações do repórter Caíque Verli, da TV Gazeta
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