O secretário de Estado de Segurança Pública e Defesa Social, coronel Alexandre Ramalho, teve uma reunião com familiares de Carolayne Nascimento Barcelos — jovem morta após levar tiros dentro de carro na Serra — na noite de segunda-feira (30). Ele disse que não descarta nenhuma linha de investigação: isso porque, inicialmente, acreditava-se que a mulher tinha sido morta por não conseguir abaixar os vidros do veículo a mando de criminosos. No entanto, a mãe da vítima revelou uma nova informação, afirmando que a filha vinha sendo ameaçada.
"Não descartamos nenhuma linha de investigação, nesse sentido estamos trabalhando com a Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção a Mulher (DHPM), na pessoa da delegada Raffaella, com a DHPP de Serra, na pessoa do delegado Sandi Mori, e também os efetivos das polícias Civil e Militar de outros locais que estarão atuando massivamente ali em Divinópolis. Toda informação para nós é importante, e aí pedimos sua colaboração. O 181 é o canal seguro, ligue e denuncie, nos ajude a elucidar mais esse bárbaro, trágico e covarde crime", declarou Ramalho.
Carolayne foi assassinada a tiros na madrugada de sábado (28), na frente da casa do pai. Um adolescente de 17 anos estava no veículo, mas não foi atingido. A jovem chegou a ser socorrida, mas não resistiu.
Inicialmente, a informação de testemunhas era de que Carolayne havia sido morta por não obedecer à ordem dos bandidos de abaixar o vidro do carro — isso porque, segundo a família, os vidros estavam com defeito. O crime gerou grande comoção. Na segunda-feira pela manhã, familiares e amigos dela fizeram uma manifestação na BR 101, na altura do bairro Divinópolis, onde o crime aconteceu.
Lá, a mãe dela, dona Josefa, falou ao vivo com a TV Gazeta que a filha vinha sendo ameaçada. "Minha filha estava sendo ameaçada pela própria irmã dela. A irmã dela foi no comércio com seis moças dentro do carro e ela foi com um cara que o próprio pai ficou vigiando. E ela disse para mim: mãe, se eu for assassinada foi mandado, você pode ter certeza. Não deu 15 dias ela morreu. Agora quero uma resposta, doa a quem doer", declarou.
A repórter Daniela Carla, da TV Gazeta, apurou com a família de Carolayne que ela havia ido a uma festa na região. Antes de seguir para casa, no bairro Macafé, região de Serra Sede, a jovem decidiu dar carona a um adolescente de 17 anos que morava nas proximidades.
Moradores relataram que, ao virar uma esquina, o carro foi cercado por criminosos armados, que mandaram a jovem abaixar os vidros. Segundo a família, os vidros elétricos do veículo já estavam com defeito e não funcionavam, o que pode ter dificultado Carolayne de cumprir a ordem dos bandidos. Ela foi baleada diversas vezes, principalmente no rosto. O adolescente não ficou ferido.
O crime aconteceu bem em frente à casa em que o pai e a madrasta de Carolayne moram, em Divinópolis. O carro teria perdido a direção após os disparos, prendendo a saída do portão do casal.
Segundo a família, depois de vários minutos, o pai conseguiu sair, usando a porta de outro comércio do qual também é dono. Somente então se deu conta de que a vítima era a própria filha.
Ela foi socorrida de carro pelo pai e levada até a Unidade de Pronto Atendimento de Serra Sede, onde os médicos constataram o óbito. A Polícia Civil disse que o caso segue sob investigação da Divisão Especializada de Homicídios e Proteção à Mulher (DHPM).
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