Universitário que ficou internado após usar droga mexicana em rave
Universitário que ficou internado após usar droga mexicana em rave
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Jovem internado após usar droga mexicana em rave no ES: "Nasci de novo"

O universitário de 24 anos comprou três comprimidos da droga mexicana, identificada como mescalina; após ingerir um único comprimido, ele perdeu a lucidez em cerca de 20 minutos e só acordou dias depois no hospital

Universitário que ficou internado após usar droga mexicana em rave
Publicado em 18/10/2019 às 19h25

Um dos jovens que ficou internado após utilizar uma droga inédita no Espírito Santo em uma festa rave que aconteceu em Guarapari, no último final de semana, recebeu alta nesta sexta-feira (18) e conversou com a reportagem de A Gazeta. "Eu quase morri e agora nasci de novo. Tive uma segunda chance e vou remodelar a minha vida, aproveitar a chance que estou tendo. Deixarei de frequentar esse tipo de festa", falou.

Jovem que quase morreu após usar droga mexicana

 

"A mensagem que deixo é: não vá pela conversa dos outros porque eles não se importam com você. São suas escolhas, e consequências também. Eu quase morri, poderia estar morto agora. E você, que faz o uso desse tipo de droga, pode ser essa pessoa também."

Você foi sozinho?

Não, fui com mais três pessoas. Fui dirigindo. 

Como encomendou a droga?

Encomendei dias antes pelo Whatsapp, era só para mim.

Você já tinha usado essa substância?

Nunca tinha usado essa. Já tinha usado outras drogas em dosagem baixa, pequena, nunca me excedi. Sobre a mescalina, eu já tinha visto em filme, livros. Me foi oferecido como algo novo. Eu sabia que causava um efeito alucinógeno. Reservei pra mim, cheguei na festa, peguei com o cara que me vendeu e tomei de imediato. Era um comprimido em gel.

Como você se sentiu?

Vinte minutos depois que tomei, simplesmente apaguei. Tomei o comprimido, um gole d'água e acordei na segunda-feira (14), já no hospital. Assim que tomei fiquei com a visão turva, fiquei ofegante e sentei para respirar. Não imaginava que tinha esse efeito.

Você lembra de ter sido socorrido?

Não sei nem quem me socorreu. Fiquei sabendo dias depois que me carregaram para uma ambulância. Quando acordei no hospital, fiquei desesperado. Estava entubado, com papel alumínio até o pescoço, cheio de eletrodos, não sabia o que estava acontecendo.

E a partir de agora, o que muda?

Não vou mais frequentar raves. Tive uma segunda chance e vou remodelar minha vida, aproveitar a chance que estou tendo. Não me considero dependente químico desse tipo de substância, mas pretendo frequentar psicólogos e fazer um tratamento. Até agora, não processei a informação direito.

Qual é a mensagem que você deixa para jovens que também consomem esse tipo de droga?

A mensagem que deixo é: não vá pela conversa dos outros porque eles não se importam com você. São suas escolhas, e consequências também. Eu quase morri, poderia estar morto agora. E você, que faz o uso desse tipo de droga, pode ser essa pessoa também.

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