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Polícia identifica suspeito de vender droga mexicana em rave de Guarapari

Polícia identifica suspeito de vender droga mexicana em rave de Guarapari

Dois jovens estão internados em estado gravíssimo em hospitais da Grande Vitória

Publicado em 18 de outubro de 2019 às 18:09

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Drogas usualmente consumidas em festas raves, segundo delegado. (Iara Diniz)

A Polícia Civil informou na tarde desta sexta-feira (18) que já tem um suspeito de comercializar a droga mexicana, identificada como "mescalina", responsável por deixar jovens internados em estado gravíssimo após o uso em uma rave em Guarapari. Segundo o delegado Diego Bermond, titular da Departamento Especializado de Narcóticos (Denarc), uma das  vítimas, um universitário de 24 anos, disse em depoimento que comprou três comprimidos por R$ 140. Ele ficou internado por seis dias e recebeu alta nesta sexta-feira (18). Outros dois continuam internados em estado grave.

"Ele teria feito a encomenda por meio de um amigo e feito um depósito bancário antes da festa. Já no evento, ele pegou os comprimidos de mescalina misturado com ecstasy, mas só tomou um. Vinte minutos depois, disse que começou a se sentir mal e desmaiou. Contou que não se lembra de nada, nem mesmo de ter sido socorrido", detalhou Bermond. 

A polícia ainda investiga a origem da droga e como ela foi comercializada com os outros usuários. De acordo com o delegado geral da Polícia Civil, José Darcy Arruda, a substância é nova no Espírito Santo e nunca havia sido apreendida pelo Denarc. 

Aspas de citação

É uma substância nova, que está chegando no Estado. O que sabemos é que foi utilizada em conjunto com ecstasy, o que potencializou a droga a ponto de petrificar o pulmão de um dos usuários. Isso é altamente preocupante

José Arruda
Delegado geral da Polícia Civil
Aspas de citação

Ainda de acordo com Arruda,  o responsável por comercializar as drogas pode responder por tentativa de homicídio, devido a situação grave em que os jovens se encontram. 

"Se houver morte, inclusive, entendemos que podemos caracterizar como homicídio", disse. 

Universitário que ficou internado após usar droga mexicana em rave. (Iara Diniz)

"O RIM DELE PAROU NA HORA QUE USOU", DIZ MÃE DE UNIVERSITÁRIO

A mãe de um dos jovens intoxicados após uso de drogas em uma rave em Guarapari no último fim de semana, conversou com a reportagem de A Gazeta no Hospital Antônio Bezerra de Faria, em Vila Velha, na manhã desta sexta-feira (18). O filho dela, um universitário de 24 anos, está em estado grave na UTI na unidade de saúde. Leia entrevista na íntegra.

Mãe do universitário de 24 anos é massoterapeuta. (Reprodução)

FESTA TINHA AUTORIZAÇÃO DA PREFEITURA

Em nota enviada à reportagem de A Gazeta, a Prefeitura de Guarapari informou que três jovens deram entrada na UPA da cidade em estado grave e posteriormente foram transferidos para hospitais de Vitória. A administração comunicou desconhecer o estado atual de saúde dos envolvidos por que os mesmos não estão mais na unidade do município.  

Sobre a legalidade da festa, a Prefeitura comunicou que a mesma estava autorizada e cumpriu todas as exigências legais estabelecidas nas leis 071/2014 e 089/2016, não havendo impedimento para deliberação da licença para realização da rave. Compete à prefeitura, diz a nota, a fiscalização de postura, trânsito, vigilância sanitária, ambiental e fazendária (recolhimento de impostos).  

"Questionamentos referente ao controle, fiscalização e demais ações para coibir a utilização de drogas, seja em eventos ou em demais locais, são de responsabilidade das polícias Civil e Militar", finalizou a Prefeitura.  

O QUE DIZ A EMPRESA ORGANIZADORA

Nota de esclarecimento

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Viemos por meio desta comunicar que a produção do Evento Ecologic fez um levantamento com nossa equipe médica contratada e que, no evento, foram feitas 3 remoções e que essas pessoas foram atendidas pela equipe responsável e encaminhadas para o hospital. O evento é legalizado, conta com todos os alvarás solicitados, equipe de segurança com revista minuciosa e com equipe de socorro treinada completa com socorristas, salva-vidas e médico de plantão. A informação de 11 pessoas internadas não chegou até nosso conhecimento. Para nós, é algo novo e até então, uma inverdade, pois esse número não foi removido por nossa equipe médica. Temos informações de familiares e amigos que essas 3 pessoas estão vivas e melhorando a cada dia. Demos todo suporte possível dentro do evento e sempre fazemos o possível pelo nosso público. 

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