Uma cuidadora de idosos foi agredida com golpes de marreta pelo ex-marido, na madrugada deste domingo (8), no bairro Jardim Botânico, em Cariacica. Ela foi golpeada na cabeça, além de ter levado chutes do homem, que estava alcoolizado. O nome do agressor não será divulgado para proteger a identidade da vítima.
"Ele chegou em casa por volta da meia-noite, muito transtornado, muito embriagado, empurrando a porta. Ele falava que ia me matar", a vítima relatou ao repórter Caíque Verli, da TV Gazeta.
As agressões, segundo a cuidadora, aconteciam quase todos os dias. Embora ela tenha registrado pelo menos outros dois boletins de ocorrência contra o ex-marido, o homem nunca tinha sido preso. Agora, ela espera que ele não saia da prisão tão cedo.
Ao chegar em casa nesta madrugada, ele chegou até a quebrar o disjuntor da residência, que ficou sem energia elétrica. A cuidadora explicou que eles estão separados há três anos, mas continuam vivendo sob o mesmo teto porque o ex se recusa a aceitar o fim do relacionamento.
Ela explicou ainda que foi agredida por mais de 20 minutos, tendo levado chutes nas pernas, nas costas e uma marretada na cabeça.
Quando finalmente conseguiu se afastar do ex-marido, ela se trancou um quarto e acionou a Polícia Militar, que foi até a casa e levou o agressor. A corporação foi acionada para dar mais detalhes, mas não se manifestou até a publicação desta matéria.
A Polícia Civil informou, por sua vez, informou que o suspeito de 37 anos foi conduzido à Delegacia de Plantão Especializado da Mulher da Região Metropolitana (PEM), onde foi autuado em flagrante por descumprimento de medida protetiva, lesão corporal qualificada e ameaça na forma da Lei Maria da Penha. Ele foi encaminhado ao Centro de Triagem de Viana (CTV).
Após a prisão, a Justiça Estadual converteu a prisão em flagrante em preventiva em audiência de custódia realizada nesta segunda-feira (9). A decisão foi da juíza Raquel de Almeida Valinho e foi tomada, segundo o processo, para "resguardar a integridade física e psicológica da vítima, considerando que o autuado demonstra que não cumprirá a determinação judicial de afastamento da vítima". Além disso, foi avaliado que uma vez em liberdade ele "poderá voltar a cometer atos da mesma natureza, intimidar testemunhas e se evadir do distrito de culpa".
Conforme o documento processual, o homem já tinha três registros criminais envolvendo violência contra a mulher: uma ação penal de violência doméstica arquivada e duas medidas protetivas - uma arquivada e outra em trâmite. A Justiça determinou também a inclusão da vítima no programa de visita tranquilizadora, desejo expresso por ela durante depoimento a polícia.
Nesta segunda-feira (9), o homem preso teve a prisão em flagrante convertida para preventiva. A reportagem foi atualizada.
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