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Golpe do falso sequestro faz uma vítima por dia na Grande Vitória

Golpe do falso sequestro faz uma vítima por dia na Grande Vitória

O golpe do falso sequestro induz pessoas a entregarem dinheiro acreditando que estão pagando pelo resgate de um ente querido refém de criminosos

Publicado em 1 de novembro de 2018 às 00:43

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(Pixabay)

Uma ligação telefônica, um falso choro e um pedido de recompensa. Essa é a base do golpe do falso sequestro, como é conhecido o crime de extorsão que induz pessoas a entregarem dinheiro acreditando que estão pagando pelo resgate de um ente querido refém de criminosos. Pelo menos uma pessoa por dia cai nesse golpe na Grande Vitória, segundo a Polícia Civil, um crime que começa com uma chamada telefônica vinda de dentro de presídios.

Na terça-feira (30), uma aposentada perdeu R$ 98 mil em dinheiro e cerca de R$ 200 mil em joias ao ser vítima do golpe. Outra vítima, uma médica pediatra de Vila Velha, também foi o alvo dos golpistas ao entregar R$ 4 mil a eles, após simularem estar com a filha dela.

A aposentada recebeu a primeira ligação na noite de segunda-feira e passou noite em ligações telefônicas com os bandidos, que diziam estar com a filha dela. Ao não conseguir falar com a filha, a idosa se desesperou e, em meio ao nervosismo, entregou tudo o que os bandidos exigiam na esperança de salvar a filha, que na realidade não era refém.

Durante o dia, dois homens foram ao apartamento dela e a levaram até o banco, onde a vítima realizou três transferências bancárias. Depois, a levaram ao antigo aeroporto, onde uma mulher que dizia ser funcionária da Infraero a levou para tentar comprar dólar e até um celular para os criminosos, tudo para tirar mais vantagens da aposentada.

LIGAÇÕES

A primeira ligação telefônica que a idosa recebeu foi de um número do Rio de Janeiro. Segundo a polícia, grande parte desses golpes começaram dentro de presídios.

“Temos registros de ligações que vieram de dentro de presídios cariocas. Porém, também temos registros de ligações de Minas Gerais e São Paulo. São quadrilhas especializadas nisso, que utilizam até de cadastros espalhados em lojas. Além disso, a maioria das vítimas são idosos exatamente por apresentarem uma certa fragilidade que possibilita que o criminoso tenha facilidade em aplicar o golpe”, explicou o delegado Fabiano Rosa, titular da Divisão de Repressão a Crimes Contra o Patrimônio (DRCCP).

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A orientação da polícia é estar atento ao momento de receber esse tipo de ligação. “Manter a calma e tentar falar com a suposta vítima. Tenha o celular fixo das pessoas para ter vários números de tentativa. Depois, não atenda mais”, observou o delegado.

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