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Família de Kauã faz homenagem a irmãos assassinados em Linhares

Família de Kauã faz homenagem a irmãos assassinados em Linhares

Cerca de dez pessoas se reuniram em Camburi, em Vitória, e fizeram oração em memória aos irmãos Kauã e Joaquim e a outras crianças vítimas da violência no Estado

Publicado em 21 de abril de 2020 às 14:04

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Família de menino Kauã faz oração em memória de vítimas
Família de menino Kauã faz oração em memória de vítimas. (Reprodução/Ronaldo Rodrigues)
Família de Kauã faz homenagem a irmãos assassinados em Linhares

Após dois anos do assassinato dos irmãos Kauã Sales Butkovsky, de 6 anos, e Joaquim Alves Sales, de 3, estuprados, mortos e queimados pelo ex-pastor Georgeval Alves Gonçalves, familiares de Kauã fizeram uma oração em memória das crianças.  Com poucas pessoas, utilizando máscaras e mantendo a distância um do outro, o grupo esteve na manhã desta terça-feira (21) no Viaduto Araceli, que fica no final da Praia de Camburi, em Vitória.

O encontro começou às 9h30 e contou com a presença de cerca de dez pessoas. Tomando os cuidados necessários para evitar a propagação do novo coronavírus, como o uso do álcool em gel, os familiares de Kauã fizeram uma oração em homenagem às crianças. Kauã era enteado de Georgeval e irmão de Joaquim, filho do ex-pastor. 

Entre os familiares e amigos, estavam a avó paterna de Kauã, Marlúcia Butkovsky Loureiro, e o pai,  Rainy Butkovsky.  Eles levaram fotos dos irmãos e de outras crianças vítimas de violência, como Araceli Cabrera Sánchez Crespo, morta em 1973, Thayná Andressa de Jesus Prado, sequestrada em 2017, e da menina Fabiane Isadora Claudino, morta no mesmo ano. Eles ainda cravaram no gravado flores artesanais com os nomes das crianças, levaram brinquedos dos irmãos e fizeram uma oração em memória.

Família de menino Kauã faz oração em memória de vítimas
(Reprodução/Ronaldo Rodrigues)

"EU ESPERAVA VER MEU NETO ADULTO", LAMENTA AVÓ

Chorando, a avó de Kauã, Marlúcia Butkovsky Loureiro, conversou com a TV Gazeta sobre a saudade do neto. Ela contou que, como o Georgeval está detido em prisão provisória, ela teme que ele seja solto por meio de algum recurso. 

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Hoje faz dois anos que tudo aconteceu. Um caso muito trágico no nosso Estado. Queremos que isso não passe despercebido. Dois anos depois e o caso nem julgado foi. A justiça tem que ser feita e, para isso, o julgamento tem que ser marcado. O que ele fez foi uma barbárie, inaceitável, ele é um monstro. Quero que ele morra na cadeia. Se ele fez o que fez com o próprio filho e o enteado, ele pode fazer com qualquer pessoa. Eu esperava ver meu neto adulto e que eu fosse embora antes dele e não que o tirassem de nós. Por isso eu falo para todos: 'Cuidem de suas crianças'. Criança precisa é de amor

Marlúcia Butkovsky Loureiro
Avó de Kauã
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(Com informações de Daniela Carla, da TV Gazeta).

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