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Delegado acredita que seguranças do ES sequestrados no RJ foram mortos

Delegado acredita que seguranças do ES sequestrados no RJ foram mortos

Um dos profissionais conseguiu fugir. Já os outros dois estão desaparecidos. A polícia acredita que eles foram confundidos com milicianos e a possibilidade de encontrá-los com vida é baixa, como explica o delegado responsável

Publicado em 30 de julho de 2019 às 15:01

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O caso foi registrado na 126ª Delegacia de Polícia de Cabo Frio. (Reprodução | Google Maps)

Depois de três seguranças do Espírito Santo terem sido sequestrados e torturados por uma facção criminosa no último sábado (27), quando seguiam para Cabo Frio, no Rio de Janeiro, policiais realizaram buscas pelos desaparecidos durante o domingo (28) e nesta segunda-feira (29), mas dois deles não foram encontrados. O delegado acredita que as vítimas foram mortas.

"Lamentavelmente, a probabilidade de que eles foram mortos é grande", afirmou o delegado Sérgio Simões Caldas, titular da 126ª Delegacia de Polícia de Cabo Frio.

Delegado acredita que seguranças do ES sequestrados no RJ foram mortos

Sérgio ainda explicou que na comunidade há áreas de dunas, o que dificultam as buscam pelos seguranças. "Lá é área de invasão e tudo foi feito em região de dunas. Se os corpos foram sepultados, a expectativa de encontro é muito difícil", finalizou. As buscas vão continuar nesta terça-feira (30).

O CASO

Três seguranças que saíram do Espírito Santo, com destino a Cabo Frio, no Rio de Janeiro, foram sequestrados e torturados por uma facção criminosa, no último sábado (27). A Polícia Civil acredita que os profissionais, que faziam segurança de casas no Bairro Parque Bule, no estado carioca, foram confundidos com milicianos. Os nomes das vítimas não foram divulgados pela polícia.

De acordo com a Polícia Militar do Rio de Janeiro, eles foram sequestrados e levados para uma área da Comunidade do Lixo, onde foram torturados e obrigados a cavar a própria cova. Uma das vítimas conseguiu fugir, enquanto os outros dois eram torturados. O sobrevivente foi encontrado por policiais, no último domingo (28), na Avenida Adolfo Beranger, em Cabo Frio, com vários ferimentos. Ele foi socorrido e levado ao Hospital Central de Emergência (HCE) para receber os primeiros socorros. 

Ao Gazeta Online, o delegado Sérgio Simões Caldas, titular da 126ª Delegacia de Polícia de Cabo Frio, contou que familiares dos desaparecidos prestaram depoimento à polícia nesta segunda-feira (29).

O delegado ainda afirmou que a Comunidade do Lixo é comandada por uma facção criminosa e que há um grande índice de violência na região. "Há uma guerra entre as facções e a milícia", afirmou o delegado.

Por meio de nota, a Polícia Civil do Rio de Janeiro informou que na manhã desta terça-feira (30), policiais civis, militares e o Corpo de Bombeiros realizaram buscas para tentar encontrar os corpos dos desaparecidos. "A vítima sobrevivente está ajudando os policiais nas buscas e as investigações estão em andamento", finalizou a nota. 

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