Publicado em 23 de maio de 2018 às 02:08
A Polícia Civil concluiu que o pastor George Alves matou o próprio filho, Joaquim Alves Salles, de 3 anos, e o enteado, Kauã Salles Butkovsky, 6, na casa onde eles moravam, no Centro de Linhares, Norte do Estado, no dia 21 de abril. A informação foi obtida com exclusividade pela Rede Gazeta por meio de fontes ligadas ao caso.>
Os irmãos foram achados mortos após incêndio na casa em que moravam. O fogo consumiu o quarto onde eles estavam. A expectativa é de que a Polícia Civil revele todos os detalhes do crime em coletiva à imprensa prevista para ocorrer ainda esta semana.>
A polícia chegou a essa conclusão após a realização de diversas perícias e também por meio de depoimentos prestados no decorrer da investigação.>
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SUSPEITAS>
Além do duplo homicídio, a Polícia Civil fará novas diligências porque, segundo fontes do caso, existem fortes indícios de que um dos meninos foi abusado sexualmente antes de ser morto.>
Ainda não se tem informações do que teria motivado o crime. Os corpos dos irmãos Joaquim e Kauã foram encontrados dentro do quarto da casa, que estava queimado. Perícias realizadas pela polícia buscam comprovar que o incêndio não teria sido acidental, mas sim provocado de forma intencional.>
A tragédia chocou o Espírito Santo. O fato é marcado por reviravoltas e já entrou no rol dos casos policiais mais marcantes do Estado. Após mais de 30 dias de muito trabalho e mistério, as investigações estão na reta final.>
Na última quinta-feira, pela primeira vez desde a tragédia, os delegados responsáveis pelo caso, André Costa, Romel Pio e Suzana Garcia afirmaram, com exclusividade para a TV Gazeta Norte e ao Gazeta Online, que a principal linha de investigação era mesmo a de homicídio doloso (quando há intenção de matar) e que o pastor George era tratado como o principal suspeito.>
O pastor disse que estava no quarto ao lado, quando a tragédia aconteceu. Sua mulher, a pastora Juliana Salles, mãe dos meninos, estava viajando.>
Ele foi preso uma semana após o crime, há 23 dias, inicialmente suspeito de atrapalhar as investigações, modificar a cena dos fatos e porque a perícia encontrou vestígios de sangue na casa.>
PRISÃO>
Nesta terça-feira (22), a Justiça prorrogou por mais 30 dias a prisão temporária do pastor George Alves. A decisão foi tomada pelo juiz da 1ª Vara Criminal de Linhares André Dadalto.>
Na representação que fez à Justiça pedindo a prorrogação da prisão do pastor, a polícia e o Ministério Público afirmaram que ainda precisam fazer algumas diligências antes de concluir o inquérito.>
No caso em apreço, estamos diante da investigação de suposto duplo homicídio qualificado consumado, onde o indiciado está sendo investigado como sendo o suposto autor dos fatos narrados pelos delegados de Linhares e pelo Ministério Público, verificando plausível e justificada a representação, inclusive pelo fato de existir legislação em vigor para tal, diz trecho da decisão do juiz André Dadalto.>
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