> >
Novo protesto pede justiça para o caso dos irmãos Kauã e Joaquim

Novo protesto pede justiça para o caso dos irmãos Kauã e Joaquim

Esta é terceira passeata que acontece em Linhares desde a morte das crianças

Publicado em 15 de julho de 2018 às 22:18

Ícone - Tempo de Leitura 0min de leitura
É a terceira vez que uma passeata é organizada após a morte dos irmãos. (Kaio Henrique/TV GAZETA)

Um novo protesto de pedido de justiça para casos de violência infantil aconteceu na noite deste domingo (15) na Praça 22 de Agosto, em Linhares, região Norte do Estado. Esta é terceira passeata que acontece no município desde a morte dos irmãos Joaquim e Kauã, na casa onde eles moravam no Centro da cidade, no dia 21 de abril.

Segundo a conclusão do inquérito da Polícia Civil, os irmãos foram estuprados, agredidos e queimados vivos pelo pastor Georgeval Alves Gonçalves, que é pai de Joaquim e padrasto de Kauã.

Além de querer justiça rápida para esses casos de violência, o grupo também pediu o endurecimento das leis para quem comete esse tipo de crime.

FIM DA IMPUNIDADE

A organizadora do evento, a estudante Taís Nogueira, comentou que o objetivo do movimento é chamar atenção do poder público para que acabe a impunidade dos criminosos.

"Nós estamos fazendo essa passeata sobre os casos daqui de Linhares e de Vitória, como a Araceli, que estava esquecida e a Thayná. Queremos justiça e prisão perpétua. A gente não quer ver nenhuma criança sofrer mais. É o que pedimos para os nossos políticos. As crianças nasceram para ser amadas e serem cuidadas. Chega de impunidade para esses monstros que fazem covardia para nossas crianças", disse.

O protesto terminou na casa onde os irmãos Joaquim e Kauã foram mortos. (Kaio Henrique/TV GAZETA)

O grupo também percorreu várias ruas no Centro até a casa onde os irmãos Joaquim e Kauã moravam, onde foi feito um minuto de silêncio em memória dos irmãos. Vestidos de branco, o manifestantes também pediram paz. Alguns deles estavam com a foto dos irmãos estampados na camisa.

O animador de festas Flávio Tintori disse que o caso dos irmãos mobilizou a cidade para ir à luta em defesa das crianças e juventude.

"É um pedido de basta para o nosso país. Não podemos aceitar todos os dias crianças sendo abusadas. O caso dos irmãos mobilizou a nossa cidade. As nossas crianças não têm voz, mas nós vamos falar por elas. Enquanto tivermos um defensor das crianças, nós estaremos dispostos a brigar pelas nossas crianças e a juventude", disse.

A professora Lílian Souza fez um apelo aos pais e pessoas que trabalham com crianças para observarem e denunciarem os casos de violência contra elas.

Este vídeo pode te interessar

"Hoje o meu apelo é para mãe e pais e até pessoas que lidam com crianças como eu mesma. Que fiquem atentos e ensinem as crianças a se protegerem, a falar e não ter medo de sofrer esses tipos de ameaças.É uma coisa que dói na alma da gente, até como mãe, pensar que uma pessoa que poderia estar protegendo as crianças foi omissa, como é o caso da Juliana. É uma coisa totalmente surreal. A gente sabe que esses abusadores pressionam as crianças psicologicamente. Não tenham medo de denunciar, só assim a gente vai acabar com esse crime tão terrível" concluiu.

Notou alguma informação incorreta no conteúdo de A Gazeta? Nos ajude a corrigir o mais rapido possível! Clique no botão ao lado e envie sua mensagem

Envie sua sugestão, comentário ou crítica diretamente aos editores de A Gazeta

A Gazeta integra o

The Trust Project
Saiba mais