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Ultrassom de última geração ajuda a identificar vírus da zika em bebês

Ultrassom de última geração ajuda a identificar vírus da zika em bebês

Com boa imagem, aparelho do Hucam permite visualizar malformações

Publicado em 28 de junho de 2018 às 01:26

Grávida participa de teste ao examinar bebê no aparelho de ultrassom Crédito: Hucam/Divulgação

As gestantes do Estado terão acesso a exames de ultrassom muito mais precisos no Hospital Universitário Cassiano Antônio Moraes (Hucam), em Vitória. A unidade começou a utilizar um equipamento de última geração que permite fazer imagens em 3D e em movimento dos fetos ainda dentro da barriga das mães. O equipamento, que é único no Estado, será utilizado principalmente em gestantes de risco, para ajudar a identificar precocemente malformações causadas pelo vírus da zika, entre outras.

“Esse equipamento vai poder detectar algum tipo de alteração nessa criança e esperamos que, no futuro, alguma droga possa intervir nessa evolução. Com isso, esperamos que se possa impedir uma lesão mais grave do que estamos acostumados a ver nesses casos”, afirmou o médico Reynaldo Dietze, chefe do Núcleo de Doenças Infecciosas (NDI) da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).

O equipamento, chamado de Epiq 5G System, foi pago com dinheiro de projeto de pesquisa sobre vírus da zika, financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa e Inovação (Fapes), que investiu R$ 300 mil na aquisição.

O Hucam é hoje o centro de referência para grávidas que apresentem sintomas de contaminação por zika ou cujo feto apresente suspeita de microcefalia. O centro vai oferecer um pré-natal diferenciado, com acompanhamento mais efetivo (como exames mais frequentes de ultrassom, por exemplo) e a participação dos pesquisadores da Ufes. O Hospital realiza uma média de 80 partos por mês

IMAGEM

Mais do que uma imagem de ultrassom comum, a máquina nova permite visualizar o feto em três dimensões em movimento. “O aparelho tem uma definição muito refinada e consegue produzir imagens em três dimensões, visualizando lesões de um tamanho que nenhum outro equipamento pode fazer”, explicou o médico.

Imagem da máquina nova: é possível ver o feto com detalhes em três dimensões Crédito: Hucam/Divulgação

Dietze afirma ainda que uma parceria entre a Ufes e a universidade de Duke, nos EUA, pretende descobrir uma vacina para prevenir as contaminações como a zika e também, quem sabe, impedir que ele provoque malformação nos bebês.

A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) informa que foram notificados 251 casos de infecção pelo zika, no Espírito Santo, neste ano.

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