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Mães ocupam prefeitura e pedem cuidadores para os filhos na Serra

Mães ocupam prefeitura e pedem cuidadores para os filhos na Serra

Mulheres dizem que necessidade de crianças deficientes na escola está sendo negligenciada

Publicado em 4 de outubro de 2018 às 00:15

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Mães de deficientes estão ocupando o prédio da Prefeitura da Serra. (Vitor Jubini)

Um movimento de mães com filhos com deficiência está ocupando o prédio da Prefeitura da Serra desde a última terça-feira (2). Entre as principais reivindicações, elas querem mais cuidadores para alunos deficientes em escolas da Serra.

A coordenadora do coletivo Mães Deficientes Que Somos Nós, Lúcia Mara dos Santos Martins, de 49 anos, disse que a necessidade das crianças de ter um cuidador individual está sendo negligenciada. Além disso, alega que não está havendo preferência na rede pública em consultas com especialistas para as crianças com deficiência, o que é um direito garantido por lei.

“Pedimos um cuidador para acompanhar os meninos, muitos deles não estão indo à aula por falta de atendimento individual. Escola e saúde são demandas que devem ser atendidas de forma rápida. No caso do autismo, se houver intervenção precoce, ele consegue se desenvolver mais rápido.”

Além dela, mais 10 mulheres ocupam o espaço na prefeitura. A mãe de um menino de 5 anos com autismo, que preferiu não se identificar, disse que apenas quando falar com o prefeito Audifax Barcelos é que irá liberar o prédio.

“Desde do dia 16 de agosto a prefeitura nos coloca para falar com os secretários de Assistência Social, Educação e Saúde, mas eles não resolvem nosso problema. Estamos tentando agendar com o prefeito, mas as reuniões foram marcadas e desmarcadas”, diz.

DIREITOS

A pedagoga Priscila Boy explica que a Lei de Diretrizes e Bases (LDB) considera três tipos de sujeitos alunos da inclusão: transtornos globais, como autistas; deficientes físicos e mentais e pessoas com altas habilidades, como superdotados. A lei garante que haja a flexibilidade curricular e o aluno tenha um atendimento educacional especializado.

“O papel da escola é estimular a todos para que possam se desenvolver. No caso de pessoas com deficiência, deve oferecer tudo, mas respeitar a resposta do aluno. Mas a lei não determina que deve haver um cuidador por deficiente. O autista tem uma lei específica, em caso de comprovada a necessidade um cuidador, ele deverá ter um. Mas nem todos precisam do mediador, algumas linhas de pesquisa são contra porque acham que ao cuidador ao realizar algumas tarefas impede o desenvolvimento.”

Em relação à saúde, ela disse que pessoas com necessidade especial que comprovem isso através de um laudo têm preferência. Isso porque o tratamento feito precocemente dará um melhor resultado.

 

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