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Ciclovia na 3° Ponte: sonho e desconfiança de quem usa o Bike GV

Ciclovia na 3° Ponte: sonho e desconfiança de quem usa o Bike GV

A reportagem do Gazeta Online fez o trajeto por meio do serviço e ouviu a opinião das pessoas

Publicado em 24 de agosto de 2019 às 13:16

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Vento no rosto e paisagem deslumbrante. Essa é a esperança dos ciclistas que cruzam a Terceira Ponte presos nos ônibus do Bike GV. O assunto dentro do coletivo não poderia ser outro: a construção de uma ciclovia na artéria aorta da mobilidade urbana da Grande Vitória: a Terceira Ponte. 

A reportagem do Gazeta Online fez o trajeto por meio do serviço que está em atividade há quase seis anos. Sem nenhum obstáculo na Ponte, em sete minutos é possível embarcar na Praia da Costa e parar na Praia de Santa Helena, próximo à Praça do Cauê, na Capital.

Moradora de Vila Velha com trabalho em Vitória, a bailarina e professora de dança, Potiara Bolzan Alves, 35 anos, pensa que “a ciclovia na Ponte é primordial. Muitas pessoas não querem pegar os carros e enfrentar o engarrafamento. Estamos sem opção e reféns do trânsito, com a ciclovia as pessoas vão aderir em massa”.

Motorista do ônibus que transporta os ciclistas de um lado pro outro, Wellington Marques acredita que não irá perder o posto de trabalho com o novo equipamento urbano.

“Não tem como o Bike GV ser extinto, a ciclovia vai agradar, mas tem muita gente que não vai querer subir. Conheço bem o trajeto, a subida é muito íngreme e tem que tá preparado pra subir. Descer é moleza, agora na subida, força um pouquinho”.

Terceira Ponte. ( Vitor Jubini )

Obra custosa e de difícil execução, a instalação da ciclovia, além de dar liberdade ao ciclista que precisa transpor a Baía de Vitória, irá proporcionar um cardápio paisagístico completo e inédito.

Quem optar por atravessar a Ponte pedalando poderá contemplar o contraste visual dos prédios históricos do lado canela-verde, como o Forte de São Francisco Xavier da Barra (localizado dentro do 38º BI) e o Convento da Penha, com a arquitetura arrojada da Enseada do Suá.

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No entanto, a tradicional morosidade de grandes obras públicas no país desanima o público. "As pessoas estão um pouco céticas, grandes obras são prometidas e nada acontece. A gente fica com esperança no fundo, mas isso vai demorar”, completa Potiara.

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