Publicado em 23 de janeiro de 2019 às 20:29
A pequena Hellen Sophia nasceu na última terça-feira em uma maternidade de Vitória, pesando 2,1 kg e medindo 48 centímetros. É cabeluda, bochechuda e, segundo os pais, fica bem nervosa quando tem fome, como todo recém-nascido. Mas dentre todas as características da bebê, uma outra mais especial chamou a atenção de todos: a menina nasceu com uma franjinha branca. É o chame dela!, vai logo falando a mãe de Hellen, Neila de Souza da Costa, 21 anos.
A bebê é portadora de uma condição genética rara chamada piebaldismo, uma síndrome que passa de pai para filho e que afeta a produção de melanina em algumas partes do corpo, geralmente pernas, braços e couro cabeludo.
Pronto! Foi o suficiente para Hellen Sophia virar a sensação no hospital. Veio muita gente vê-la. E umas enfermeiras até pediram para fazer fotos com ela, contou o pai da bebê, o estagiário de Direito Carlos Vinícius Ferreira de Costa, 26 anos.
MARCA REGISTRADA
A mechinha nos cabelos escuros da neném não foi exatamente uma surpresa para Carlos Vinícius, mas não o deixou menos orgulhoso. O sinal é marca registrada na família dele.
Meu avô tinha, meu pai também e depois eu. Dos meus irmãos, só eu nasci com a mecha branca. E uma irmãzinha minha, que nasceu há seis meses, também tem, disse o jovem.
No piebaldismo, as mechas brancas costumam aparecer na testa em 80% dos casos e acompanhar a pessoa pelo resto da vida. É a mesma condição do jornalista e apresentador do Jornal Nacional, da TV Globo, William Bonner.
Isso acontece, segundo a médica, devido a uma falha na formação ou no amadurecimento dos melanócitos, células que carregam a melanina, que dá cor à pele, cabelos e olhos.
Embora pareça, o problema não tem nada a ver com vitiligo, uma doença de pele autoimune também marcada pela perda da coloração de regiões do corpo e que pode aparecer ao longo da vida da pessoa ou não. No piebaldismo, a pessoa também pode ter manchinhas em outras parte do corpo. Mas o mais comum é na parte frontal dos cabelos mesmo, sem consequências, diz Pauline.
No máximo, o portador dessa condição tem que tomar certos cuidados. A pessoa deve proteger a área afetada da exposição ao sol porque como não há melanócitos, a região fica mais suscetível a doenças como câncer de pele. No caso da menina, a proteção pode ser com chapéus e bonés, por exemplo, orienta a dermatologista.
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