Publicado em 4 de maio de 2018 às 22:55
Para quem mora ou trabalha em Jardim da Penha, em Vitória, e não quer se tornar mais um número nas estatísticas de violência no bairro, bastante atenção: os bandidos têm hora e locais preferidos para atacar. O mapeamento foi feito pela associação de moradores e registra as regiões mais vulneráveis, de onde os criminosos podem escapar rapidamente por rotas de fuga que os levam para outros pontos da cidade.>
Entre os locais apontados como foco de ação dos bandidos (veja lista completa abaixo) estão a Rua da Lama, pela alta concentração de bares e jovens, e as imediações da Ponte da Passagem, apontada como a Cracolândia de Jardim da Penha. Os dados apurados foram repassados à comunidade e servem, segundo André Luís Alves, coordenador de Segurança da associação, como alerta para todos se protegerem.>
São pontos estratégicos do bairro, alguns servem como rotas de fuga, e a população precisa ficar atenta, ressalta André Luís.>
Quanto aos horários, praticamente ao longo de todo o dia há com o que se preocupar. No início e final da manhã, por exemplo, o foco dos bandidos é voltado para as escolas e pontos de ônibus.>
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No documento, o coordenador de segurança também aponta atitudes suspeitas, como motoristas em carros com película muito escura nos vidros, circulando devagar pelas ruas, e motociclistas em duplas também conduzindo a moto lentamente, como se estivessem à procura de vítimas.>
DICAS>
Além de apontar horários e locais mais perigosos, André Luís ainda relacionou algumas dicas de segurança, tais como evitar a exposição do celular em pontos de ônibus e na frente de escolas, e não ficar parado dentro de carro, conversando ou namorando.>
Não bastasse a criminalidade ter crescido muito, temos um problema hoje chamado crack. Muitos delitos são cometidos por usuários da droga e eles estão pelas ruas do bairro. Um dos itens preferidos é o celular, observa o coordenador de segurança.>
Pois foi um aparelho de telefone e também a carteira que Pedro Henrique Canal, 24 anos, perdeu em um roubo há quatro meses, nas imediações do Clube dos Oficiais. Para ele, que trabalha como atendente de restaurante, o policiamento no bairro precisa ser reforçado.>
Essa também é a avaliação de André Luís, indicando inclusive um déficit no efetivo nos bairros atendidos pela 12ª Companhia da Polícia Militar, que inclui Jardim da Penha, Jardim Camburi, Goiabeiras e os demais bairros da região continental de Vitória.>
Segundo ele, quando o grupamento foi criado no ano passado, havia a previsão de 221 policiais militares atuando na região que, hoje, tem cerca de 150 mil moradores. Entretanto, esse número nunca foi alcançado.>
André Luís destaca que a PM faz um bom trabalho no bairro, mas o efetivo reduzido compromete os resultados e dificulta a diminuição dos índices de criminalidade.>
OS PONTOS MAIS PERIGOSOS>
- Região da Ponte da Passagem, conhecida como a Cracolândia de Jardim da Penha.>
- Região da Rua do Canal porque é rota de fuga para a Ponte da Passagem ou Ponte Ayrton Senna e também para Camburi.>
- Região da Rua Comissário Octávio de Queiroz, pois é rota de fuga para a Ufes.>
- Região da Rua Alziro Zarur( PRU) com Avenida Hugo Viola( em frente à Banca do Sinal). Trata-se também de rota de fuga passando pelo posto da Ufes e pela Ponte da Passagem ou, seguindo pela Avenida Aristóbulo Barbosa Leão, fuga para Bairro República e Jardim Camburi.>
- Região próxima à Igreja e ao Sesi que tem a Ponte da Passagem como rota de fuga.>
- Avenida Anísio Fernandes Coelho, próximo ao Shopping Jardins, onde há rota de fuga pela praia e pela Ponte Ayrton Senna.>
- Região da Rua da Lama por causa dos estudantes e comerciantes.>
- Região Central, entre as Praças Regina Frigeri Furno e Philogomiro Lannes, atingindo os comércios ao redor da Praça da Feirinha e próximo ao Bar dos Coroas e Extra Plus.>
- Rua Comissário Octávio de Queiroz, da padaria Monte Líbano à praia, e Rua Dr Cyro Lopes Pereira e Centro Comercial Sexta Avenida.>
HORÁRIOS DE MAIOR RISCO>
- Das 6 às 8h: Pontos de ônibus e colégios na região do Sesi e Rua Comissário Octávio de Queiroz.>
- Das 11 às 14h: Escolas próximas ao Sesi, restaurantes e nas imediações do Darwin.>
- Das 18h às 23h: Todos os locais citados como foco dos criminosos.>
- Da meia-noite às 6h: Usuários de drogas têm invadido condomínios para roubar bicicletas.>
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