O governador Renato Casagrande (PSB) disse estar preocupado com os ataques ocorridos nos últimos dias contra um ônibus do Transcol e em uma empresa que fornece marmitas para presídios do Estado. Nas duas situações além de colocarem fogo, criminosos deixaram bilhetes em que reclamam da comida e da situação dos presídios capixabas.
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Logo que assumiu o governo, Casagrande classificou a superlotação dos presídios capixabas como bomba-relógio. Nesta quinta, ao se referir a supostos ataques de facções criminosas e à lotação do sistema carcerário, Casagrande disse que tem uma batata quente nas mãos.
O governador disse que recebeu o sistema carcerário superlotado, mas que está trabalhando para manter o controle da situação, que é de risco.Nossa inteligência tem trabalhado, temos desarmado diversas tentativas de grupos criminosos. Mas como o sistema tem muita gente a mais, é um problema, contou.
A declaração dada por Casagrande aconteceu durante coletiva de imprensa sobre a criação do fundo soberano, na tarde desta quinta-feira. O governador iria ser questionado sobre a atuação de facções criminosas dentro dos presídios, mas foi impedido de responder mais perguntas pela sua equipe de comunicação.
Em entrevista ao Gazeta Online, o secretário de Estado de Justiça, Luiz Carlos Cruz afirmou que as ordens para incendiar ônibus e uma empresa de marmitas não partiram de dentro dos presídios.
Durante os ataques, criminosos têm deixado bilhetes com críticas a respeito do sistema prisional do Estado. Em um deles, o aviso é claro: "Estamos cansados de ser tratado como animais. Caso esse esculacho, essa opressão não acabar nos presídios capixabas, as coisas podem piorar. Se tiver desacreditando só pagar pra ver". Para os secretário de justiça as críticas não têm fundamento.
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Para o secretário de Justiça, as ações dos bandidos são uma forma de gerar pânico na população capixaba. "Terrorismo, para que a população fique apavorada e eles colocam como motivação a comida. A revolta veio de fora, não veio de dentro. Não tivemos preso reclamando da comida, afirmou.
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