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Agentes do Iema são presos acusados de cobrar propina de empresários no ES

Agentes do Iema são presos acusados de cobrar propina de empresários no ES

Dois suspeitos foram presos durante operação conjunta entre o Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção (Nuroc), da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), com a Polícia Civil

Publicado em 16 de outubro de 2019 às 17:02

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Alaimar Fiuza, diretor-presidente do Iema. (Laís Magesky)

Dois agentes de desenvolvimento ambiental do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) foram presos na manhã desta quarta-feira (16) durante operação conjunta entre o Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção (Nuroc), da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), com a Polícia Civil.

Os dois, que não tiveram os nomes divulgados, são acusados de cobrar propina para benefícios internos da empresa vistoriada. A empresa que denunciou é do Sul do Estado e também não teve o nome divulgado para não atrapalhar as investigações.

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O próprio órgão ambiental foi quem fez a denúncia à Sesp há cerca de 60 dias. A investigação apontou que os agentes pediam um valor de R$ 250 mil, sendo R$ 4,5 mil de entrada. O valor não chegou a ser pago porque a própria empresa (vítima) denunciou o crime.

De acordo com o diretor presidente do Iema, Alaimar Fiuza, o órgão não tolera esse tipo de comportamento dentro da instituição. "Procuramos a Sesp, dispusermos os fatos e, a partir disso, eles começaram a investigação, que comprovou o crime. A atividade que eles fazem, neste caso específico, é de licenciamento ambiental. Eles fizeram a fiscalização, identificaram irregularidades e, a partir do auto de interdição, começou a negociação", detalhou.

O processo correto, de acordo com Fiuza, é estabelecer as causas da interdição e dar seguimento ao processo. Na operação, foram apreendidos computadores pessoais e de trabalho e celulares.

Os dois agentes envolvidos trabalhavam na sede em Jardim América, Cariacica, e tinham um bom comportamento segundo os colegas. Um tem 33 anos (entrou no Iema em 2009) e o outro tem 51 anos (entrou no Iema em 2005). 

Será instaurado um processo administrativo dentro do Iema para avaliação do caso. Os agentes estão presos temporariamente por cinco dias, em Viana.

Delegado Alexandre Falcão, do Nuroc. (Laís Magesky)

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A empresa foi vítima e procurou o Iema, que denunciou o caso à Sesp. Não há indícios de participação de outros agentes, mas esperamos que, com essa denúncia, outras empresas denunciem também – esses agentes ou até mesmo outros servidores

Delegado Alexandre Falcão
Nuroc
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