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Reforma tributária: o que é o imposto único? É mais barato ou mais caro?

Reforma tributária: o que é o imposto único? É mais barato ou mais caro?

Mudança impacta tudo o que é vendido, comprado ou consumido no país, de alimentos da cesta básica a shows e espetáculos; entenda como será feita a cobrança

Publicado em 5 de julho de 2023 às 18:38

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A reforma tributária, que está em discussão no Congresso, traz alterações importantes na maneira como os impostos e tributos serão cobrados no futuro.
Reforma tributária promove alterações na forma como os impostos serão cobrados. (Arte Geraldo Neto)

reforma tributária, que está em discussão no Congresso, traz alterações importantes na maneira como os impostos e tributos serão cobrados no futuro. E como a tributação está presente em tudo o que é vendido ou comprado, é importante saber o que exatamente está em jogo.

O principal pilar da reforma tributária é a unificação de impostos para simplificar a cobrança. Os dois tributos federais (PIS e Cofins) se uniriam em um só, batizado de CBS, e os impostos estaduais e municipais (ICMS e ISS), em um segundo imposto, o IBS.

Além da unificação – quatro impostos diferentes virariam dois –, a maneira como é feita cobrança também muda. Hoje cada Estado tem uma alíquota de ICMS, e cada cidade define o próprio ISS. Com a unificação, todos vão ter que cobrar o mesmo tributo.

Os valores do IBS e do CBS não estão determinados na reforma e terão que ser definidos depois da aprovação do texto principal. Especula-se que, juntas, as alíquotas devem somar 25%.  Dentro da proposta, ainda estão previstas alíquotas reduzidas e até zeradas para alguns produtos e serviços (veja no infográfico abaixo).

Reforma tributária: o que é o imposto único? É mais barato ou mais caro?

Por essas razões, ainda não é possível saber exatamente quanto cada produto vai custar depois da reforma. Mas especialistas apontam mudanças importantes. O setor de serviços, por exemplo, deve ser mais tributado do que é hoje, o que vai certamente se refletir no preço cobrado do consumidor. Isso engloba salões de beleza, hotéis, restaurantes, transporte, academias, dentistas, advogados etc. 

O advogado Samir Nemer, especialista em Direito Tributário, aponta que o setor, que é o que mais emprega no país, tem atualmente uma carga tributária que varia de 8,5% a 10%. Um valor que é bem menor do que a alíquota cheia estimada para a reforma, que chega a 25%.

Relator do projeto na Câmara, o deputado Aguinaldo Ribeiro (PP-AL) rebate essa crítica e diz que os trabalhadores vão pagar menos pelos produtos utilizados, o que vai compensar a alta na cobrança do serviço em si. Um cabeleireiro, por exemplo, compraria xampus e cremes com preços mais baixos. 

Outras áreas serão contempladas com alíquota reduzida em 50%, como transporte público, serviços de saúde, serviços de educação, produtos agropecuários, atividades artísticas e culturais e parte dos medicamentos. A cesta básica deverá ter isenção.

O discurso do governo federal, que enviou a proposta ao Congresso, é de que a reforma vai aumentar a produtividade do país e que, embora haja aumento de tributação em alguns setores, outros terão queda. Assim, no fim das contas, vai resultar em uma tributação geral equivalente à praticada atualmente.

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