Publicado em 16 de dezembro de 2022 às 00:56
Que histórias a sua marca conta? Qual sentimento ela desperta nos seus clientes? É com esses questionamentos que a estrategista de conteúdo e especialista em comunicação empresarial Eliana Teixeira analisa o ponto de partida para a criação de ações eficientes de negócios para qualquer empresa ou profissional que queira se consolidar no mercado como referência.
“A marca que souber contar sua história e deixar claro seu propósito terá mais chances de conquistar a admiração dos clientes e criar com eles um vínculo mais forte”, constata.
Eliana percebe que é por meio das narrativas que empresas e profissionais conseguem alcançar o coração e se manter na memória dos consumidores. E essa estratégia, segundo ela, nunca esteve tão atual.
“Há um movimento crescente de consumidores que não querem apenas saber da qualidade de um produto, mas também fazem questão de entender como nasceram, qual o posicionamento e os valores das marcas que consomem”, acrescenta.
Leonardo Laruccia, diretor comercial da WL, destaca que o mercado é feito de pessoas. Por isso, as empresas, antes de pensar em consumidores de seus produtos ou serviços, precisam pensar, acima de tudo, nas necessidades, desejos e sentimentos desse público.
As tendências para o futuro das marcas, diz ele, apontam que só haverá espaço no mercado para aquelas que souberem ouvir o que as pessoas têm a dizer e souberem interpretar essas demandas dos clientes.
Leonardo Laruccia
Diretor comercial da WLPara o diretor de criação da Fire, Rodrigo Pegoretti, conteúdo, experiência híbrida (phygital), relacionamento e propósito claro são as tendências para 2023 e anos seguintes no processo de criação de marcas de valor.
Pegoretti sustenta que, com o ritmo das mudanças, cada vez mais o público espera que as marcas se posicionem de forma verdadeira. É preciso que elas encontrem soluções eficientes, criativas e econômicas para se conectar e gerar relevância junto ao público. Posicionamento claro e verdadeiro, criatividade e menos publicidade é o que o público espera, afirma o diretor da Fire.
Rodrigo Pegoretti
Diretor de criação da FireAs novas demandas dos consumidores em relação às marcas vêm exigindo uma comunicação mais humanizada por parte das empresas com seu público. E, neste cenário, as redes sociais se tornaram canais essenciais nas estratégias de marketing, como pontua o diretor de criação e diretor-executivo da Resultate, Thiago Freitas.
“Menos burocracia e mais diálogo. É isso que os clientes esperam das marcas para se conectarem com elas. A tendência para o futuro e também para o presente das marcas é fortalecer de forma inteligente o uso das suas redes sociais, ferramentas que já estão disponíveis e que estão dando certo”, destaca.
O uso estratégico das redes sociais e dos canais digitais compreende mais que boas técnicas de marketing. Conforme destacam os especialistas do mercado, envolve sentimentos e pertencimento.
George Bomfim
Diretor de criação da Exemplo de PropagandaPor isso, avalia Bomfim, o futuro das marcas vai depender dos sentimentos criados por elas. Marcas que se aproximam dos clientes e criam sentimentos alcançam o sucesso. “Valor de marca não se prende apenas a preço, valor de marca é sentimento”, reforça.
Para Eliana Teixeira, a pandemia acelerou a entrada de empresas no mundo digital e mostrou que se manter presente, participativo e útil em canais diversificados tem impacto direto na reputação e no crescimento dos negócios.
A especialista conta que uma estratégia que já vem sendo adotada e tende a crescer é dar à marca uma cara, valorizando o líder ou CEO na comunicação direta com o cliente. Segundo Eliana, existem pesquisas mostrando que os consumidores se sentem mais conectados a uma marca quando o dono tem presença pública nas mídias sociais, ou seja, atua como influenciador do próprio negócio.
“Outra tendência para a consolidação de uma marca é a criação de comunidades, gerando o senso de pertencimento ao universo daquela marca”, pontua.
Na opinião de Thiago Freitas, quando uma marca se preocupa em dar um retorno para a sociedade, ela se conecta de forma mais profunda com seus clientes.
“Uma loja de tintas, por exemplo, que promova a revitalização de um espaço público e que ofereça produtos menos poluentes para o meio ambiente faz com que o público se aproxime dela”, exemplifica.
Pegoretti complementa ao dizer que compreender, envolver e entreter são ótimas ferramentas para que as marcas possam se destacar em um mercado extremamente competitivo.
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