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Megaleilão do petróleo pode beneficiar empresas do ES

Megaleilão do petróleo pode beneficiar empresas do ES

Expectativa é que os capixabas ofereçam produtos e serviços para os vencedores da disputa que vai acontecer na quarta-feira (6)

Publicado em 6 de novembro de 2019 às 05:39

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Empresas locais podem prestar serviços para produtoras de petróleo. (Agência Petrobras)

O governo federal vai realizar o megaleilão da cessão onerosa do petróleo na quarta-feira (6). Se confirmadas as expectativas, a arrecadação pode ultrapassar R$ 106 bilhões - valor pago pelas petroleiras pelo direito de explorar as áreas. O dinheiro do leilão vai ser destinado para a Petrobras, para a União, Estados e municípios - o Espírito Santo vai receber R$ 331 milhões. Mas não são somente eles que terão chance de lucrar com esta negociação. Empresas capixabas vão ficar de olho nos vencedores para tentar vender seus serviços e produtos.

“A expectativa é muito boa. Com esse megaleilão, por reboque, você acaba inserido na evolução do setor. Recentemente, por exemplo, a Repsol Sinopec (gigante do setor petrolífero) selecionou duas empresas capixabas para desenvolver soluções tecnológicas para eles”, destacou Daniel Arrais, diretor do Sindicato das Empresas de Informática no Estado do Espírito Santo (Sindinfo).

Uma das empresas escolhidas pela Repsol é a Factum, que desenvolve um robô que faz a inspeção em tanques de petróleo. “Esse robô acaba com um grande problema que é a necessidade de que uma pessoa fique num tanque, num espaço confinado, e de grande risco”, explicou.

E não são apenas as empresas de tecnologia da informação que estão de olho. De acordo com o gerente de Petróleo e Gás da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Durval Vieira, dezenas de setores podem ser beneficiados.

“O plano da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) é dobrar a nossa produção até 2030. E as empresas locais podem se beneficiar muito com isso. Aqui temos uma série de empresas de qualidade internacional para atender ao mercado”, comenta.

Entre as empresas citadas por Durval estão as que prestam serviços ambientais, tubos rígidos e flexíveis, além das que oferecem o serviço logístico para as empresas. “Nós estamos otimistas com o leilão. O nosso temor é com a possível falta de mão de obra. Certamente as empresas precisarão de empregados qualificados - com bom nível de inglês, automação e controle, entre outras áreas importantes para o setor”, conclui.

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