A Usina Paineiras, que processa cana-de-açúcar em Itapemirim, no Sul do Espírito Santo, teve suas atividades paralisadas por uma semana pelo Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) por conta do excesso de lançamento de fuligem no ar.
Segundo o Iema, após várias denúncias, a usina foi fiscalizada e interditada na semana passada, em 15 de outubro. O motivo foi a emissão de material particulado (fuligem) para a atmosfera por meio das chaminés das caldeiras.
Em nota, o órgão estadual informou que, para a desinterdição, a empresa teria que cumprir a intimação, adequar os sistemas de controle ambiental das caldeiras e atender aos padrões de emissão estabelecidos na legislação ambiental vigente. As exigências, segundo o Iema, já estavam estabelecidas em licença ambiental desde 2015 e em acordo judicial desde 2013.
O Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos explicou ainda que está sendo elaborado um parecer técnico e que a empresa poderá ser multada, considerando as infrações identificadas.
A assessoria de imprensa da Usina Paineiras confirmou a interdição. Entretanto, diferente do que afirmou o Iema, disse que a paralisação das atividades ocorreu no último sábado (17) e durou dois dias depois de a indústria ser notificada.
A indústria chegou a apresentar um plano de ação para realizar as obras demandadas após a safra, mas foi apenas graças a uma decisão judicial expedida ontem (21) que a Usina Paineiras pôde voltar hoje (22), ao meio-dia, a processar cana-de-açúcar. A safra deste ano usaria apenas a metade da capacidade de produção da usina (devido à escassez de matéria-prima decorrente das secas dos últimos anos), mas ainda assim seria a melhor dos últimos cinco anos, disse a empresa em nota.
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