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Publicado em 29 de setembro de 2025 às 11:40
Foi demitida a técnica em enfermagem envolvida no caso do bebê José Peisino, que teve o pé queimado logo após o nascimento no Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves (HJSN), na Serra. A informação foi divulgada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa). A pasta anunciou nesta segunda-feira (29) que concluiu a auditoria sobre o ocorrido e apresentou um relatório apontando que a profissional agiu de forma individual, sem seguir protocolos da unidade.>
Segundo a denúncia da família, a técnica aqueceu um algodão na resistência do berço e colocou nos pés do bebê para elevar a temperatura, provocando uma fagulha que causou a queimadura. O secretário de Estado da Saúde, Tyago Hoffmann, informou que a ação correta seria apenas aquecer o recém-nascido com roupas e cobertores. A profissional foi demitida em 22 de agosto, três dias após o ocorrido.>
Tyago Hoffmann
Secretário de Estado de SaúdeCom queimaduras graves no pé, o recém-nascido foi transferido da maternidade para a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) do HJSN e, em seguida, para o Hospital Estadual Infantil Nossa Senhora da Glória (HINSG), onde passou por procedimentos de remoção de tecidos e enxerto. Ele recebeu alta no último dia 25, mas seguirá sendo acompanhado. Até o momento, não é possível afirmar se haverá sequelas.>
A técnica trabalhava no hospital havia menos de quatro meses, durante período de experiência, após avaliação de currículo e exames psicológicos. >
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"Recebemos o currículo dessa profissional e, após uma avaliação plena, ela foi admitida no hospital para fazer o período de experiência durante os três primeiros meses. Nesse período ela passou por avaliação psicológica e de outros profissionais, e esteve conosco durante quatro meses, quando aconteceu o fato, e aí sim ela foi desligada do hospital", detalhou Joubert Andrade da Silva, diretor do HJSN.>
Apesar de o procedimento de aquecer um algodão na resistência não fazer parte de nenhum protocolo, após o caso o hospital espalhou cartazes pela maternidade alertando sobre os riscos. "Também estamos determinando que isso seja encaminhado para todas as maternidades estaduais", pontuou o secretário Tyago Hoffmann. >
O relatório da auditoria, finalizado em 28 dias, será encaminhado ao Ministério Público do Espírito Santo (MPES) e ao Conselho Regional de Enfermagem do Espírito Santo (Coren-ES).>
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