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Prisão de suspeito de chantagear indiano é convertida em preventiva no ES

Prisão de suspeito de chantagear indiano é convertida em preventiva no ES

Thiago Oliveira do Nascimento é investigado por suspeita de praticar extorsão, coação e ameaça contra um milionário indiano

Publicado em 2 de fevereiro de 2024 às 16:42

Ícone - Tempo de Leitura 3min de leitura
Thiago Oliveira do Nascimento, pré-candidato do PL acusado de chantagear milionário indiano
Thiago Oliveira do Nascimento é acusado de chantagear milionário indiano. (Instagram)
Felipe Sena
Repórter / [email protected]

A Justiça decidiu manter a prisão do veterinário Thiago Oliveira do Nascimento, investigado pelo Ministério Público estadual por suspeita de extorquir um milionário indiano. A prisão, que até as 23h59 da quinta-feira (1º) era temporária — com prazo de 5 dias podendo ser prorrogada por mais 5 —, agora é preventiva. A informação consta no andamento do processo no site do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES)

O veterinário foi preso no dia 23 de janeiro e, depois, teve a prisão temporária prorrogada por mais cinco dias pela juíza Paula Cheim Jorge, da 2ª Vara Criminal de Vila Velha, no último dia 26. A defesa do veterinário foi procurada para comentar a decisão acerca da conversão da prisão em preventiva, porém preferiu não se manifestar

Detalhes da prisão

O veterinário Thiago Oliveira do Nascimento é investigado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por suspeita de praticar extorsão, coação e ameaça contra um milionário indiano.

Prisão de suspeito de chantagear indiano é convertida em preventiva no ES

Desde outubro de 2023, Nascimento é filiado ao PL e era até considerado por atores políticos canelas-verdes como possível candidato à Prefeitura de Vila Velha em 2024. Em 2022, disputou uma vaga de deputado estadual pela Rede, mas não foi eleito.

O veterinário foi preso em um hotel de Vitória. Naquela terça-feira (23), mandados de busca e apreensão também foram cumpridos em endereços ligados a ele.

Segundo a decisão do dia 26, à qual a colunista Letícia Gonçalves teve acesso, foram encontrados, na cabeceira da cama do quarto do hotel, uma arma de fogo, uma pistola Taurus .380. e um "distintivo CAC do Exército", o que indica que o suspeito tem registro de Colecionador, Atirador Desportivo e Caçador (CAC).

Ainda no quarto, estavam 92 munições, R$ 14 mil em dinheiro e um "aparelho hacker". O relatório do Gaeco descreve o "Flipper Zero" como "aparelho famigeradamente utilizado por 'hackers', proibido pela Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações)".

"Tal aparelho torna sistemas de segurança mais vulneráveis, capaz de interagir com interfaces digitais no mundo físico, incluindo clonar sinais de RFID e NFC, usados em crachás, chaves eletrônicas, celulares que fazem pagamentos por aproximação, análise de protocolos de rádio, abertura de portas de carros, catracas e fechaduras eletrônicas e sistemas de controle de acesso, tudo através de 'clonagem'. Utilizado de forma maliciosa, a cópia realizada com o aparelho o FLIPPER ZERO pode ser usada para acessar áreas restritas, fazer pagamentos indevidos ou roubar informações pessoais", diz o relatório, citado na decisão judicial.

A suspeita é que Thiago Oliveira do Nascimento extorquiu ao menos US$ 1,8 milhão do indiano ao ameaçar divulgar imagens e mensagens que comprovariam que o empresário, casado, manteve um caso extraconjugal com uma brasileira. Os pagamentos ocorreram, de acordo com o Gaeco, entre 2021 e 2023, via criptomoedas.

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