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Pais autorizam 60 mil alunos a voltar às aulas presenciais no ES

Pais autorizam 60 mil alunos a voltar às aulas presenciais no ES

Dos 240 mil estudantes, 25% deverão retomar as atividades nas escolas até  novembro, conforme o cronograma de escalonamento e revezamento

Publicado em 13 de outubro de 2020 às 20:23

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Alunos do Colégio Estadual durante a saída no primeiro dia de aula após meses sem aula por causa da pandemia de coronavirus
Alunos do Colégio Estadual deixam a instituição após o primeiro dia de atividades presenciais em sete meses. (Carlos Alberto Silva)

Após sete meses de aulas suspensas devido à Covid-19, as escolas com oferta de ensino médio e Educação de Jovens e Adultos (EJA) da rede estadual do Espírito Santo reabriram as portas nesta terça-feira (13) para receber os estudantes dessas etapas. Os números do dia ainda não foram contabilizados pela Secretaria de Estado da Educação (Sedu), mas a estimativa é que 60 mil alunos voltem para as atividades presenciais até novembro, conforme o cronograma de escalonamento e revezamento definido pelo órgão. 

Essa projeção se baseia no Termo de Manifestação de Interesse que as famílias precisaram assinar, informando se as crianças e adolescentes voltariam para as atividades presenciais ainda em 2020. Do total de 240 mil alunos da rede, 25% são esperados nas escolas, a julgar pelo posicionamento apresentado por seus responsáveis.

O secretário estadual da Educação, Vitor de Angelo, diz que esse número ainda pode aumentar, considerando que a retomada das atividades para o ensino fundamental está programada para começar em 26 de outubro, portanto os familiares de estudantes dessa etapa ainda têm prazo para assinar o termo.

"Esse indicativo é menor do que nos organizamos para receber, mas é compreensível e bate com o que ouvíamos nas pesquisas de opinião pública. Tínhamos capacidade para receber metade da escola, mas, tendo voltado menos gente, permite que façamos um retorno ainda mais tranquilo, mais organizado. Mas acredito que, com o passar da semana, pela confiança que as pessoas vão adquirindo, a tendência é de aumentar", pondera.

Vitor de Angelo argumenta que o objetivo da Sedu não era ter mais, ou menos alunos, mas garantir a reabertura das escolas pela importância que elas têm para a comunidade. "Mas há pessoas que se organizaram melhor com ensino remoto, outras têm comorbidade, ou ainda sentem medo", observa o secretário. 

Para aqueles pais que optaram por não voltar em um primeiro momento, ou que não assinaram o termo levando a Sedu pressupor que não encaminhariam seus filhos para as aulas presenciais, ainda há possibilidade de mudar de ideia.  Neste caso, eles só precisam comunicar a decisão à diretoria da escola com antecedência de 15 dias para que sejam organizados, entre outros aspectos, a alimentação e o transporte do estudante.  

BALANÇO

Vitor de Angelo explica que a Sedu vai fazer um balanço sobre o retorno presencial, porém no final desta semana. O secretário ressalta, entretanto, que das informações que recebeu, a volta transcorreu sem contratempos. Das 314 escolas de ensino médio e EJA, em 10 não houve atividades porque estão situadas nos municípios de risco moderado – AnchietaIbatiba e Montanha – que não têm autorização para reabrir, ou por outras situações pontuais, com a de Caieiras Velha, em Aracruz, cujo público-alvo é formado por indígenas aldeados que fazem parte de grupo de risco. 

Questionado se alguma escola poderia voltar a fechar, se a demanda por atividades presenciais for muito reduzida, Vitor de Angelo garante que essa medida não está no planejamento. O secretário pondera que, neste primeiro momento, em qualquer rede de ensino ou lugar do país, a retomada é gradual.  "É preciso ter paciência e manter a escola aberta porque, aos poucos, esse movimento vai se avolumando", finaliza. 

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