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O que diz o Coren-ES sobre prática que queimou bebê em hospital no ES

O que diz o Coren-ES sobre prática que queimou bebê em hospital no ES

Sara Peisino Barboza, mãe do recém-nascido José, disse que o bebê precisou ir para um berço aquecido para controle da temperatura, onde acabou tendo o pezinho queimado

Mikaella Mozer

Repórter / [email protected]

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Felipe Sena

Repórter / [email protected]

Publicado em 22 de agosto de 2025 às 14:57

O bebê José, com um dia de vida, teve os pés queimados após uma técnica usada por enfermeira, segundo familiares
O bebê José, com um dia de vida, teve os pés queimados após uma técnica usada por enfermeira, segundo familiares Crédito: Reprodução | Instagram @sarapeisinob

A Camara Técnica Materno-Infantil do Conselho Regional de Enfermagem do Espírito Santo (Coren-ES) explicou, por nota, que a técnica utilizada para controlar a temperatura um bebê de um dia, que o deixou com o pé queimado, no Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra, não existe nos protocolos da Enfermagem.

Conforme familiares do recém-nascido José, o procedimento foi feito por uma enfermeira no centro médico. Ela teria usado um algodão aquecido em uma lâmina para esquentar o pé e depois colocou dentro da meia do recém-nascido.

Segundo o Conselho, a estabilidade térmica deve ser garantida por equipamentos adequados, como incubadoras ou berços aquecidos, e outras medidas padronizadas.

“Não existe protocolo que recomende o uso de algodão úmido para controle da temperatura de recém-nascidos. A estabilidade térmica deve ser garantida por equipamentos adequados, como incubadoras ou berços aquecidos, e outras medidas padronizadas”, explicou o Coren-ES.

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O que diz o Coren-ES sobre prática que queimou bebê em hospital no ES

A autarquia capixaba informa ainda que a demanda está em investigação e apuração pelo Conselho, e que eventuais responsabilidades serão aplicadas com o rigor da legislação vigente.

Relembre o caso

Um bebê sofreu uma grave queimadura no pé horas após o nascimento, no Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra. A mãe da criança, Sara Peisino Barboza, denunciou o caso em seu perfil em rede social na quinta-feira (21). Procurada por A Gazeta, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) disse que a unidade hospitalar se solidariza com a família e abriu um processo interno para "apuração rigorosa dos fatos".

Sara relatou que foi internada no Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves na segunda-feira (18) para indução do parto, procedimento indicado por ser uma gravidez de risco, já que ela estava com pressão alta. Ela explicou que o filho, José, nasceu saudável, às 6h de terça-feira (19), em parto normal. Horas depois, o bebê foi levado para um berço aquecido porque estava com a temperatura abaixo do ideal.

Ela disse que, naquele momento, a avó do bebê o acompanhava, enquanto a filha se recuperava no quarto. Sara contou que pouco depois ouviu o choro do filho e sentiu um cheiro de queimado. Ao chegar ao local onde a criança estava, foi informada de que uma enfermeira teria usado um algodão aquecido em uma lâmina para esquentar o pé de José, colocando dentro da meia do recém-nascido, em seguida, o vestiu com o macacão. A criança, segundo ela, teria chorado muito e, quando a avó retirou a roupa, viu que o pé do neto já estava com uma grave queimadura. A meia e o macacão do menino também ficaram queimados, conforme o relato.

José foi levado para a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (Utin) do hospital e, depois, transferido para o Hospital Infantil, em Vitória, para passar por uma cirurgia nesta sexta-feira (22). Durante o procedimento, seria avaliado o nível da gravidade da lesão.

Meu filho nasceu bem e, horas depois, prejudicaram nossas vidas de uma forma terrível

Sara Peisino Barboza

Mãe de José (relato no Instagram @sarapeisinob)

A Sesa enviou uma nota para A Gazeta em nome do Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves. Confira abaixo.

Hospital Dr. Jayme Santos Neves / Sesa | Nota na íntegra

O Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves lamenta profundamente o ocorrido, se solidariza com a família e informa que já instaurou processo interno para apuração rigorosa dos fatos. As medidas administrativas cabíveis serão adotadas.

Coren-ES | Nota na íntegra

A Camara Técnica Materno-Infantil do Coren-ES esclarece que não existe protocolo de Enfermagem que recomende o uso de algodão úmido para controle da temperatura de recém-nascidos. A estabilidade térmica deve ser garantida por equipamentos adequados, como incubadoras ou berços aquecidos, e outras medidas padronizadas. O Coren-ES informa ainda que a demanda está em investigação e apuração pelo Conselho, e que eventuais responsabilidades serão aplicadas com o rigor da legislação vigente.

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