Uma falha no sistema hidráulico e preventivo contra incêndios, ou seja, nos hidrantes do Edifício Renata, no Centro de Vitória, dificultou o trabalho do Corpo de Bombeiros no combate as chamas, na tarde desta terça-feira (12). O fogo atingiu a cobertura e o nono andar do prédio comercial, localizado na Rua Rua Dionísio Rosendo, nas proximidades da Catedral de Vitória.
De acordo com o tenente-coronel Carlos Wagner Borges, uma perícia será realizada no local para apurar as causas do incêndio e os motivos do não funcionamento dos hidrantes.
O fogo começou na cobertura do prédio, no décimo andar. Posteriormente as chamas se propagaram para o 9ºandar. Nos dois locais havia acúmulo de material que estava armazenado de forma inadequada. “Aparentemente eram tintas, mas ainda não podemos afirmar, somente após a conclusão da perícia”, destacou Borges.
“No momento em que as equipes buscaram o sistema hidráulico e preventivo contra incêndio para apagar as chamas, ele não funcionou”, explicou Borges, acrescentando que a responsabilidade pelo funcionamento adequado desse tipo de equipamento é do síndico do prédio. “A ausência do equipamento pode resultar em consequências nas áreas civil e criminal”, adiantou.
O tenente-coronel também explicou que o proprietário do imóvel do 9º andar solicitou a realização de uma perícia, que deve ser concluída em 40 dias.
Os bombeiros foram acionados por volta das 14h30 e levaram cerca de uma hora para apagar o incêndio. Não houve feridos.
Em entrevista no local do incêndio, o senhor Arnaldo Cesar informou que a cobertura do prédio abrigava um atacado de perfumaria, com produtos que são inflamáveis, que a ele pertence. Ele, que mora em um prédio próximo, informou que o incêndio começou no terraço do prédio e que ele ouviu algumas explosões.
“O fogo começou no terraço, com algumas explosões. Do meu prédio, quando cheguei à janela, vi o incêndio. Com meu filho e alguns vizinhos, tentamos chegar ao local do incêndio, mas a fumaça e o calor impediu. Tivemos alguns problemas com os hidrantes, que estavam sem água, e quando os bombeiros chegaram, conseguiram controlar. Desci porque sou cardíaco e subi vários andares e a gente sente a impotência nesta hora. Meu filho continuou com os bombeiros”, informou Arnaldo.
De acordo com o tenente-coronel Wagner, para o retorno às atividades no Edifício Renata será necessário uma vistoria da Defesa Civil de Vitória.
A Defesa Civil de Vitória informou que fará uma vistoria no prédio na manhã desta quarta-feira (13), já que a equipe precisa aguardar o resfriamento do local e a dissipação dos gases em razão da fumaça. O órgão destaca, ainda, que o local está isolado pelo Corpo de Bombeiros e que vai avaliar as condições de estabilidade, segurança e salubridade do local e a necessidade de interdição do empreendimento.
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) também vistoria técnica e fiscal no local nesta quarta, a partir das 7h. “Uma equipe multidisciplinar de engenheiros do Crea-ES irá avaliar as possíveis causas do acidente e orientar os usuários do prédio e da região no entorno sobre eventuais riscos que ainda podem existir, inclusive de colapso do imóvel. O incêndio pode ter afetado a estrutura física do edifício. É possível também que haja comprometimento das instalações elétricas e hidráulicas”, disse o presidente do Conselho, o engenheiro Jorge Silva.
A Comissão Permanente de Vistoria de Edificações (Copev), da Secretaria de Desenvolvimento da Cidade Sedec), também foi acionada para fazer uma avaliação no local nesta quarta-feira (13), quando será possível ainda informar se o empreendimento que funcionava na cobertura do prédio tinha licenciamento municipal.
Esta matéria foi atualizada com informações do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) e da Prefeitura de Vitória, que prometeram uma vistoria no prédio na manhã de quarta-feira (13).
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